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(Imagem do Google)

Floradas no horizonte

 Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, há em Belo Horizonte   quinhentas e sessenta e seis espécies diferentes de árvores floríferas, dentre elas os ipês. Despontam com a chegada do inverno , exuberantes e estilosos, agasalhando , encantando nativos e visitantes.  Ipê rosa, tabaco, amarelo, roxo, mirim, branco, sete folhas, ipê do cerrado e ipê verde constituem as nove espécies dessa aquarela, estendendo-se aos   verdes de nossas montanhas. 

As calçadas vestem-se  em agosto de amarelo ouro juntamente com o rosa mangueirense, matizam nossos passos , amenizando nossa  árdua caminhada . As folhas caem das árvores, vêm novas florações , é  o ciclo da vida colorida, menos contida, bem vivida. Os ipês roxos muito parecidos com os rosas  adentram-se nessa passarela, ornamentando graciosamente ruas e avenidas.   Não conheço as outras espécies, o ipê verde   é raríssimo, há somente vinte árvores  dessa espécie em toda cidade.

Brotam também  elegantemente no circuito da Praça da Liberdade, área histórica de Belo Horizonte composta por museus, centros de cultura, um edifício residencial projetado por Oscar Niemeyer ,  amplo  universo cultural e artístico da cidade. São os olhos clicando e contemplando arquitetura e paisagismo. Aconchegar-se sob a sombra de um ipê , visualizar o contraste entre o rosa das flores e o azul do céu é  um espetáculo indescritível.

Em setembro, despedem-se os ipês, ora de mansinho para não despertarem Burle Marx, ora reverenciando a chegada da  primavera, florindo as madeixas de Teresas, Luísas, Helenas, Veras... 


P.S. Inspirei-me na  crônica de Lena Lustosa, "Quando florescem os ipês", para  escrever sobre os ipês de BH.



 
Rosa Alves
Enviado por Rosa Alves em 27/08/2019
Reeditado em 28/08/2020
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