Vó Teca
Mesmo sabendo que não sou nenhum expert na nossa gramática, ultimamente estou amando brincar com as palavras. Ontem o sol estava de rachar, no entanto hoje, uma certa brisa refrigera o panorama. O firmamento forrado pelas nuvens, deixa o ambiente alvacento. O doce roçar das árvores ditam o cântico. Preguiçosamente os canários comem sua quirela.
Têm pessoas que não gostam desse tempo, todavia, eu amo quando a natureza é revestida desse tom. Tenho a impressão que dona Avença, também deve gostar desse panorama, pois nessa época, sempre a encontro. Ah que alegria, que gozo eu sinto nesse momento.
Reminiscências florescem em minha mente, uma doce nostalgia, de gozo enche o meu coração. Dona Soledade pode ser inconveniente em alguns momentos, contudo também, tem o seu aspecto positivo, é no meio da solidão que vem as reflexões.
O povo costuma dizer, que só valorizamos algo, depois que perdemos, é como se a nossa capacidade de reconhecimento, valorização, acontecesse apenas com a perda. Verdade ou não, o fato é que agora estou lembrando da minha avó materna, saudosa vó Teca.
Ela era muito engraçada, de tempo em tempo, eu apresentava para ela alguma amiga, ela ficava sempre desconfiada, com um pé atrás. Na cabeça dela eu era um garanhão, qualquer figura feminina que estivesse em minha presença, com certeza eu deveria estar passando o rodo. Ah se garanhão soubesse disso, certamente mandaria me matar.
Vejo que a taciturnidade é o grande desafio para aquelas pessoas que estão entrando na senilidade, entretanto, a vó teca tirava de letra esse quesito. Quase sempre, quando eu ia visitá-la, na rua Antônio Santiago, ela estava sempre sozinha, e em momento algum, vi aquela pobre alma reclamar da solidão.
Ela gostava de todos, contudo, duas pessoas tinham no seu coração um lugar especial, o saudoso Zima e o Roberto. Não sei se todas as mães têm esse costume, mas quando alguém não estava na hora da ceia, ela fazia questão de separar a sua refeição. No prato desses dois, não podíamos mexer, caso isso acontecesse, certamente compraríamos briga com ela.
Algo que ela fazia, que as vezes incomodava, é o fato de sempre estar areando os dentes com fumo de rolo, era uma raridade quando isso não acontecia. Oh como eu gostava de zoar aquela doce alma, parece até que ela estar aqui do meu lado dizendo, rs _Menino, menino, toma modo, conserta.
Doce tempo, como eu era feliz e não sabia. Onde quer que ela esteja, espero que esteja num lugar de muita paz e muita luz.
Mesmo sabendo que não sou nenhum expert na nossa gramática, ultimamente estou amando brincar com as palavras. Ontem o sol estava de rachar, no entanto hoje, uma certa brisa refrigera o panorama. O firmamento forrado pelas nuvens, deixa o ambiente alvacento. O doce roçar das árvores ditam o cântico. Preguiçosamente os canários comem sua quirela.
Têm pessoas que não gostam desse tempo, todavia, eu amo quando a natureza é revestida desse tom. Tenho a impressão que dona Avença, também deve gostar desse panorama, pois nessa época, sempre a encontro. Ah que alegria, que gozo eu sinto nesse momento.
Reminiscências florescem em minha mente, uma doce nostalgia, de gozo enche o meu coração. Dona Soledade pode ser inconveniente em alguns momentos, contudo também, tem o seu aspecto positivo, é no meio da solidão que vem as reflexões.
O povo costuma dizer, que só valorizamos algo, depois que perdemos, é como se a nossa capacidade de reconhecimento, valorização, acontecesse apenas com a perda. Verdade ou não, o fato é que agora estou lembrando da minha avó materna, saudosa vó Teca.
Ela era muito engraçada, de tempo em tempo, eu apresentava para ela alguma amiga, ela ficava sempre desconfiada, com um pé atrás. Na cabeça dela eu era um garanhão, qualquer figura feminina que estivesse em minha presença, com certeza eu deveria estar passando o rodo. Ah se garanhão soubesse disso, certamente mandaria me matar.
Vejo que a taciturnidade é o grande desafio para aquelas pessoas que estão entrando na senilidade, entretanto, a vó teca tirava de letra esse quesito. Quase sempre, quando eu ia visitá-la, na rua Antônio Santiago, ela estava sempre sozinha, e em momento algum, vi aquela pobre alma reclamar da solidão.
Ela gostava de todos, contudo, duas pessoas tinham no seu coração um lugar especial, o saudoso Zima e o Roberto. Não sei se todas as mães têm esse costume, mas quando alguém não estava na hora da ceia, ela fazia questão de separar a sua refeição. No prato desses dois, não podíamos mexer, caso isso acontecesse, certamente compraríamos briga com ela.
Algo que ela fazia, que as vezes incomodava, é o fato de sempre estar areando os dentes com fumo de rolo, era uma raridade quando isso não acontecia. Oh como eu gostava de zoar aquela doce alma, parece até que ela estar aqui do meu lado dizendo, rs _Menino, menino, toma modo, conserta.
Doce tempo, como eu era feliz e não sabia. Onde quer que ela esteja, espero que esteja num lugar de muita paz e muita luz.