LIBERAÇÃO DOS CASSINOS NO BRASIL

Se há uma proposta econômica, social e turística pela qual eu torço é a liberação do jogo em cassinos. Vamos acabar com a hipocrisia neste país do jogo do bicho, dos bingos clandestinos, das muitas loterias legais exploradas pelo estado, do carteado e até do par ou ímpar valendo dinheiro. Lavagem de dinheiro de malfeitores? Isto já se pratica em qualquer tanque doméstico. Drogas, crime organizado? Não merece nem comentário. Vocês já imaginaram como a permissão de cassinos em determinadas áreas estratégicas iria redundar em novos empregos diretos e indiretos, receitas fiscais e afluxo turístico? Li breve notícia de que o novo Presidente estaria estudando a hipótese, mas com aquele velho temor de condenação, sobretudo, evangélica. Acho que vale a pena insistir. Esta questão nada tem de religiosidade, é para a freqüência e o desfrute de quem gosta e de quem pode, notadamente turistas. Quantos brasileiros de posses viajam ao exterior basicamente para jogar, irrigando outras economias? E a gente fica por aqui, na penúria, “pregando moral de cueca”, deixando de gerar empregos e de criar diversos palcos artísticos. Correta é a proibição da rinha de galo, da luta de cachorros, das touradas e tudo quanto implique em algum tipo de crueldade com os animais. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Defendo obviamente as lutas de Box, as lutas marciais, a luta - livre, o vale tudo, pois envolvem profissionais - pessoas preparadas, disciplinadas, com regras rigorosas e arbitragem. Ninguém quer matar ninguém, é sem ódio. Muita gente vive disso, e muito bem. Você pode não gostar, mas ninguém é obrigado a curtir. Não vislumbro, igualmente, problemas graves quanto aos bingos. Só um Estado muito frágil e um povo preconceituoso poderiam renegá-los. A senhora idosa que perde muito dinheiro no jogo é a mesma que faz a alegria dos golpistas do “bilhete premiado” e de tantos outros expedientes incontroláveis e presentes no dia a dia da nossa sociedade, inclusive neste meio virtual. Portanto, defender a abertura de cassinos é um mínimo para qualquer país de grande potencial turístico, que necessita e busca desenvolver-se. Fala-se muito em liberdade e pratica-se repressão.