Palavra Solta – uma estranha cidade
Palavra Solta – uma estranha cidade
*Rangel Alves da Costa
Coisas existem que parecem somente acontecer em Poço Redondo, no sertão sergipano. Como dito numa postagem passada, em Poço Redondo a Rua de Cima (Praça de Eventos) fica na parte baixa e a Rua de Baixo (Avenida Alcino Alves Costa) fica na parte alta. Existe uma Praça Antônio Conselheiro (Tanque Velho) que de praça nunca viu nada. Ruas com nomes como Cuiabá, Mato Grosso e Castelo Branco, mas nenhuma com o nome do primeiro prefeito: Artur Moreira de Sá. Uma rua com o nome José Francisco de Nascimento (Zé de Julião), que faz uma volta e adentra noutra rua com o mesmo nome, e ainda passando pelo meio da Rua Deputado Djenal Tavares de Queiroz. A via pública que já bateu o recorde mundial de mudança de nomes: Rua de Baixo, Rua dos Vaqueiros, Avenida 31 de Março, Avenida Poço Redondo e agora Avenida Alcino Alves Costa. Uma cidade sem uma lixeira sequer e uma população reclamando do lixo jogado nas ruas e praças. Lógico! Um Beco das Sete Facadas que ninguém sabe quantas foram. Passagens de ruas que são fechadas para construção particulares e vai ficando por isso mesmo. Um terreno do estado, ao lado de um colégio estadual (Justiniano de Melo e Silva), mas com gente dizendo que é seu e, por isso mesmo, não deixa fazer limpeza nem plantar uma só árvore. Uma Rua do Campo que ninguém sabe verdadeiramente qual é, pois qualquer rua ao lado ou perto do campo. Um Bairro São José que quase ninguém conhece pelo verdadeiro nome: Belém. Um Conjunto Lídia Souza que poucos conhecem que fica no Bairro Gado Manso. Uma rua que não se chama Zé do Óleo, mas que ninguém conhece se não for por Zé do Óleo. E você, sabe onde fica a Ponta da Asa?
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com