MORTANDADE

Todo dia a toda hora, morre um preto, Todo dia a toda hora, morre um pobre, Todo dia a toda hora, morre um Índio.

Morre um preto, morre um pobre e morre um Índio, num país onde morrer é tão normal.

Seja de bala de fome ou por grilheiros, muitos morrem, E porque morrem afinal?

80 tiros e um preto foi-se embora, mas os pobres que são mortos não se conta

O Galdino, era Índio morreu queimado, quantos irão após esses que já foram?

CARLOS SILVA POETA CANTADOR
Enviado por CARLOS SILVA POETA CANTADOR em 29/07/2019
Reeditado em 29/07/2019
Código do texto: T6707312
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