Lembranças
Uma leve garoa, acompanhava a aurora. O meu chegado e a sua família, estava preparando as malas, partiriam para o Vale do Aço. Nem bem saíram, e a saudade batia na porta, com certeza iriam fazer falta. A sua estadia no nosso meio deixará lembranças. Com certeza, o dia que ele me acompanhou na caminhada ficará marcado, ele estava todo empolgado, aproveitei toda sua motivação e caminhamos 15 quilômetros.
Algo estava me surpreendendo, até naquele presente momento, nenhuma pessoa que tinha adentrado nesse cantinho, tinha me dado o prazer de me acompanhar na minha caminhada. E agora estava ali, diante de mim, aquela peça fina, cheio de motivação, sem dar uma reclamação sequer, conseguira caminhar ao meu lado.
Mas tem um ditado popular muito sábio que diz o seguinte: “Galinha que acompanha pato, morre afogada”, só foi o corpo esfriar, e ouvir o meu nobre amigo dizendo que a batata da sua perna estava dolorida, cinco dias depois ainda sentia dores. Assertivamente essa passagem ficará marcada em minha mente.
Nas quitinetes, que até o dia anterior, estavam ocupadas, agora pairava o silêncio, ecoando apenas o canto dos pássaros. Para distrair um pouco, fui fazer minha tradicional caminhada, só que agora ao invés de 15 quilômetros, iria percorrer meus tradicionais dez quilômetros.
Parece que o fim de semana foi muito agitado, o clima tempestuoso com ventos e marés atingindo quatro metros de altura, destroçaram algumas barracas, arrancando os pneus que serviam de arrimo, além de formar imensos sulcos na praia.
Todavia não só de reveses é a vida, observei que a maré estava baixa. Lembrei que antes de morar no litoral, uma indagação pairava em minha mente. Para onde iriam as águas dos mares, quando a maré baixava totalmente? Foi então que aguçado por minha curiosidade, fiquei sabendo que as massas oceânicas, que estão mais próximas da lua, sofrem aceleração e suas ondas são atraídas para cima formando as marés altas e quando elas abaixavam, era porque as massas oceânicas estavam mais distantes da lua.
É um cenário muito belo, ver as ondas alquebrando na praia, parecendo um véu de noiva, não me canso de olhar para elas. Depois de um belo tempo, ali estou diante do meu velho amigo, meu confidente, meu querido Mar.
O céu estava nublado, timidamente o sol ousava despontar seus raios. Na medida em que eu ia caminhando, as reflexões pairavam em minha mente. Pensei que temos uma imensidão de motivos, para sermos gratos a Deus, contudo devido estarmos nesse corpo fadado à corrupção, saindo apenas do nosso âmago: tristeza, amargura, murmuração. E assim acabamos jogando para o ralo, as nossas vidas.
Diante de tanta indagação, o tempo passou, e agora estou aqui na mesinha da varanda, degustando um precioso suco de acerola. Louvado seja Deus, e que ele tenha misericórdias das nossas vidas.
Uma leve garoa, acompanhava a aurora. O meu chegado e a sua família, estava preparando as malas, partiriam para o Vale do Aço. Nem bem saíram, e a saudade batia na porta, com certeza iriam fazer falta. A sua estadia no nosso meio deixará lembranças. Com certeza, o dia que ele me acompanhou na caminhada ficará marcado, ele estava todo empolgado, aproveitei toda sua motivação e caminhamos 15 quilômetros.
Algo estava me surpreendendo, até naquele presente momento, nenhuma pessoa que tinha adentrado nesse cantinho, tinha me dado o prazer de me acompanhar na minha caminhada. E agora estava ali, diante de mim, aquela peça fina, cheio de motivação, sem dar uma reclamação sequer, conseguira caminhar ao meu lado.
Mas tem um ditado popular muito sábio que diz o seguinte: “Galinha que acompanha pato, morre afogada”, só foi o corpo esfriar, e ouvir o meu nobre amigo dizendo que a batata da sua perna estava dolorida, cinco dias depois ainda sentia dores. Assertivamente essa passagem ficará marcada em minha mente.
Nas quitinetes, que até o dia anterior, estavam ocupadas, agora pairava o silêncio, ecoando apenas o canto dos pássaros. Para distrair um pouco, fui fazer minha tradicional caminhada, só que agora ao invés de 15 quilômetros, iria percorrer meus tradicionais dez quilômetros.
Parece que o fim de semana foi muito agitado, o clima tempestuoso com ventos e marés atingindo quatro metros de altura, destroçaram algumas barracas, arrancando os pneus que serviam de arrimo, além de formar imensos sulcos na praia.
Todavia não só de reveses é a vida, observei que a maré estava baixa. Lembrei que antes de morar no litoral, uma indagação pairava em minha mente. Para onde iriam as águas dos mares, quando a maré baixava totalmente? Foi então que aguçado por minha curiosidade, fiquei sabendo que as massas oceânicas, que estão mais próximas da lua, sofrem aceleração e suas ondas são atraídas para cima formando as marés altas e quando elas abaixavam, era porque as massas oceânicas estavam mais distantes da lua.
É um cenário muito belo, ver as ondas alquebrando na praia, parecendo um véu de noiva, não me canso de olhar para elas. Depois de um belo tempo, ali estou diante do meu velho amigo, meu confidente, meu querido Mar.
O céu estava nublado, timidamente o sol ousava despontar seus raios. Na medida em que eu ia caminhando, as reflexões pairavam em minha mente. Pensei que temos uma imensidão de motivos, para sermos gratos a Deus, contudo devido estarmos nesse corpo fadado à corrupção, saindo apenas do nosso âmago: tristeza, amargura, murmuração. E assim acabamos jogando para o ralo, as nossas vidas.
Diante de tanta indagação, o tempo passou, e agora estou aqui na mesinha da varanda, degustando um precioso suco de acerola. Louvado seja Deus, e que ele tenha misericórdias das nossas vidas.