(Imagem do Google)
Carolina
Carolina Maria de Jesus, mineira de Sacramento, semianalfabeta, autodidata, destemida, transformou seus dramas de mulher da periferia paulistana em obras que foram traduzidas para dezesseis idiomas e comercializadas em mais de quarenta países. Leitora dos grandes autores nacionais e clássicos da literatura que encontrava em suas catações de papéis, tornou-se a escritora mais lida do início da década de sessenta. Retratava o cotidiano sombrio em seus diários , dizia que a favela era o quarto de despejo de uma cidade.
"-Nós, os pobres, somos os trastes velhos".
Seus desabafos foram transcritos na década de 60 para a revista "O cruzeiro" e "Folha de São Paulo", tais quais os originais, fidedignos à sua ingênua sintaxe.
Teses de doutorados de suas obras foram defendidas por conterrâneos seus, oriundos de berços distintos,apogeus.
A Partir de 64, tida como socialista, seus sonhos encolheram-se em quaisquer esquinas devido à repressão em relação à sua postura diante daqueles com os quais conviveu. Reivindicava terras para os menos favorecidos onde pudessem plantar, colher e seguramente repartir o pão.
Dos aterros aos campus universitários, sua obra "Quarto de Despejo", esteve lado a lado às obras de Luís de Camões, Monteiro Lobato, Fernando Pessoa, Érico Veríssimo, Chico Buarque nas avaliações dos vestibulares da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Após o sucesso de "Quarto de Despejo", sem entender o que estava lhe acontecendo, fora explorada por segmentos editoriais e manobrada por tantos outros. Estou aguardando a Chegada de "Quarto de Despejo", conhecer um pouco mais dessa mineira, no momento, é um dos meus desejos.
Condecoração devida não houve por parte da comunidade acadêmica. O quê esperar de um país que menospreza seus professores, onde as manchetes dos jornais discorrem sobre os termos relacionados à filiação em passaporte, cores devidas às meninas e aos meninos, exaltação à homofobia, misoginia, xenofobia. Ao ocupar-se um cargo de extrema relevância , basta ser um dos descendentes daquele que seria o maior representante da nação! Que venha a sabatina!
Carolina, Carolina, ensina-me!
"-Nós, os pobres, somos os trastes velhos".
Seus desabafos foram transcritos na década de 60 para a revista "O cruzeiro" e "Folha de São Paulo", tais quais os originais, fidedignos à sua ingênua sintaxe.
Teses de doutorados de suas obras foram defendidas por conterrâneos seus, oriundos de berços distintos,apogeus.
A Partir de 64, tida como socialista, seus sonhos encolheram-se em quaisquer esquinas devido à repressão em relação à sua postura diante daqueles com os quais conviveu. Reivindicava terras para os menos favorecidos onde pudessem plantar, colher e seguramente repartir o pão.
Dos aterros aos campus universitários, sua obra "Quarto de Despejo", esteve lado a lado às obras de Luís de Camões, Monteiro Lobato, Fernando Pessoa, Érico Veríssimo, Chico Buarque nas avaliações dos vestibulares da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Após o sucesso de "Quarto de Despejo", sem entender o que estava lhe acontecendo, fora explorada por segmentos editoriais e manobrada por tantos outros. Estou aguardando a Chegada de "Quarto de Despejo", conhecer um pouco mais dessa mineira, no momento, é um dos meus desejos.
Condecoração devida não houve por parte da comunidade acadêmica. O quê esperar de um país que menospreza seus professores, onde as manchetes dos jornais discorrem sobre os termos relacionados à filiação em passaporte, cores devidas às meninas e aos meninos, exaltação à homofobia, misoginia, xenofobia. Ao ocupar-se um cargo de extrema relevância , basta ser um dos descendentes daquele que seria o maior representante da nação! Que venha a sabatina!
Carolina, Carolina, ensina-me!