BABY E A MEDICINA
Tenho recebido indagações sobre o estado atual da cadelinha BABY. Aparentemente, está muito bem, a despeito de sua falta de equilíbrio na movimentação, em virtude da síndrome vestibular, coisa que tem a ver com labirintite. Afinal, operou fundo e fechou o ouvido comprometido, anestesia geral, 15 pontos, não foi moleza. Recebeu alta da clínica e veio para casa, com os comprimidos antibióticos devidamente prescritos. Ocorre que, há uns dois dias, chegou o resultado do exame de cultura bacteriana e o antibiótico não faz efeito na bactéria resistente. Por WHAT’S’, a neurologista prescreveu trinta dias de injeções subcutâneas com outro tipo de remédio. Não vai rolar: já tomei, em anos diferentes, mas bem próximos, DUAS séries de vacina anti-rábica subcutânea, cada uma por 21 dias, quando piá, lá em Encantado. Tive dois cachorrinhos que morreram de hidrofobia. As injeções, que o pai aplicava à noite, eram horrorosas, especialmente após alguns dias: barriga, coxas, braços. Alguns irmãos também foram vítimas. Não submeteria minha cachorrinha a mais esta tortura, notadamente por que temos de pegá-la, puxá-la, manuseá-la e as áreas ficam por demais sensíveis. Pedi tratamento por via oral, mas a resposta foi negativa. Quem nunca experimentou o suplício que o receite. Baby está tranquila em casa, feliz, come muito bem, faz suas necessidades na rua, late para pedir o que deseja, interage, dorme maravilhosamente bem e, afinal, já deve estar completando 13 anos. É bichinho forte e guerreiro, vou buscar alternativas de tratamento via oral, sem sofrimentos adicionais. Até na locomoção e na auto-sustentação já evoluiu bastante. Enfim, foi operada justamente para eliminar os focos infecciosos no ouvido, com alguma resistência inicial de minha parte, não posso agora, em nome da MEDICINA, submetê-la a outro calvário, sempre duvidoso, aliás. Tive aos 18 anos uma febre crônica por estafilococo dourado na garganta. O médico me encheu de antibiótico, inclusive injetável, doses maciças. Fui acometido de severa discrasia sanguínea, quase morri pelo tratamento recebido. Meu pai chamou até junta médica e passei um mês de cama. Como já escrevi, respeito os médicos, mas não sou CRENTE.