COMILANÇA TÍPICA

Eu e o filho compartilhamos em vários casos o mesmo gosto. Tendo, casualmente, ambos, degustado mocotó no almoço, hoje à noite, depois de longo planejamento, fomos apreciar uma PARRILLADA no PARRILLA DEL SUR, que nos restou como opção após o encerramento das atividades do RIO CARREIRO, em Ipanema. É bom esclarecer aos marinheiros de primeira viagem que “paerillada” não é propriamente churrasco, mas um assado especial de miúdos (achuras), argentino/uruguaio, feito na parrilla. Basicamente, matambre, chinchulines, molleja, riñones, morcella e outras vísceras, como ubre e testículos. Com um bom vinho tinto, é banquete olímpico. Fomos, então, eu, ele, a nora e os dois netinhos, sendo que, desta feita, a mulher ficou cuidando da Baby, Bidu e Chopinho. Naturalmente só nós dois curtimos a sagrada iguaria. A esmagadora maioria dos frequentadores, pelo que pude observar, prefere o churrasco tradicional, que também se constitui em outra grande razão de viver. Por incrível que pareça, não conheço Montevidéu, apenas Rivera e Punta Del Este, e onde almejaria passar semana inteira saboreando as delícias culinárias, mas, a cada plano, uma ideia mais ousada de viagem e acabo sucumbindo. “Santo de casa não faz milagre”, forçando um pouco o significado do provérbio. Eu sei, a maioria não entenderá a relevância deste especial apreço culinário, há pouca gente inscrita na lista de adesão, mesmo em pleno local especializado, mas peço indicações alternativas, pois dentro de uns dois meses atacaremos de novo. Eu gosto de caviar, de escargot, de ostra, champignon, frutos do mar em geral, feijoada, pão d’água com manteiga sem sal, de arroz e ovo frito, aipim, milho verde, costela de ovelha ou de porco, mas tem de ter parrillada ao menos três vezes ao ano. Tenho um paladar charrua, fazer o quê?