Palavra Solta – bilhetinho deixado à janela da bela mocinha
Palavra Solta – bilhetinho deixado à janela da bela mocinha
*Rangel Alves da Costa
Ao meu amor... Mesmo sabendo que as palavras sequer se aproximam do que é mostrado pelo olhar, pelo sentimento e pelo coração, assim mesmo escrevo. E para mais uma vez dizer: Minha bela, minha namorada. E de repente um livro aberto foi revelando o que jamais pensei ser escrito. E nas suas linhas o que nos foi determinado na estrada de mãos dadas e no passo a dois: sigam! Imaginei ser tão distante e tão difícil de encontrar o horizonte chamado amor. Mas basta a presença, basta o olhar, basta o sorriso, basta o desejo, basta a certeza de que ela está aqui: minha bela, minha namorada. Mesmo na distância, é na saudade que o amor tem asas. Mesmo na tristeza, é na certeza do breve encontro que tudo se se transforma em esperança. E é nas asas da saudade e da esperança que sempre estou diante de minha bela, de minha namorada. Em você pensar e em todo pensar avistar o que os meus olhos já não conheciam. As belezas simples, as flores ocultas, os aromas da brisa, as canções do vento, as poesias das borboletas e dos colibris: a minha bela, a minha namorada. Já não sou eu senão dividido, já não caminho só senão a dois, já não tenho nada senão compartilhado, já não tenho o egoísmo de me possuir senão a humildade de me dividir e minha outra parte a ela doar: à minha bela, à minha namorada. Ao meu amor...
Escritor
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