CONVIDAR E RECEBER EM CASA

Este texto não tem qualquer pretensão com relação à etiqueta social e, ademais, ressalte-se que há casos e casos. Mas me parece assaz oportuno assinalar que, ao convidar alguém, cujos hábitos você desconheça, para um almoço ou janta em sua casa, deva haver um mínimo de cuidado quanto ao cardápio, por mais singelo que seja. Não convidaria um casal vegetariano para um churrasco e nem pessoa alérgica a camarão para comer um bobó deste fruto do mar. Não custa perguntar com antecedência, né? É importante lembrar que ninguém é obrigado a curtir uísque, vinho ou cerveja, de modo que perscrutar preferências dos convidados neste campo também é muito interessante. Agora, se o convidado é voltado ao melhor vinho francês, azar o dele, existem excelentes chilenos, argentinos e mesmo nacionais: se quiser trazer o seu, que o faça. De minha parte, bebo cerveja ao meio-dia e vinho à noite, nunca inverto. Se você não tem uma memória muito poderosa, pergunta antes. Pelo sim, pelo não, seguidamente levo a minha marca preferida de cerveja e de vinho, independentemente da política da casa anfitriã e de suas generosas ofertas. Não gosto de constranger os amigos, mas esclareço que também sou muito amigo de mim mesmo. Se a pessoa reside em uma casa, com belo pátio, bem que poderia, em pequenos e restritos eventos, convidar-nos com os cachorrinhos, mas sei que este é um item mais difícil, por isto ou por aquilo. Compreendo determinadas dificuldades e tudo bem, segue o baile. Para evitar incomodações, prefiro a política de que “cada um traga a sua bebida”, evitaria despesas inúteis e eventual desagrado. Eu como praticamente de tudo, ainda que não seja grande fã de risoto e confira pouca importância à sobremesa. Fica o registro.