ESCREVER É MUITO BOM

Nunca tive a pretensão de ser ESCRITOR, apenas no sentido amador da qualificação. Para tanto, deveria ter-me exercitado bem mais cedo, de preferência sem os cacoetes inerentes à profissão advocatícia. Mais talento teria também ajudado. Tornei-me apegado ao mister por três grandes razões: 1. Registrar memórias. 2. Comunicar-me, pois não sou de visitas, confraternizações frequentes ou telefonemas. 3. Difundir algumas ideias e conhecimentos, o que também me levou a lecionar. Há quem goste do que produzo, tanto quanto os que fazem pouco caso ou são indiferentes. Normal, não estou competindo. Nunca participei de concursos literários e não tenho a menor intenção de fazê-lo. Não há pessoas que nadam, jogam tênis ou até futebol, já bem veteranos? Pois é, eu adoro escrever, mesmo que seja para um universo mais restrito de leitores. Quando era guri, gostava de colecionar flâmulas e selos. Já li muito mais do que escrevi, hoje faço ao contrário, até para tentar dar utilidade mais ampla ao que consegui assimilar. Há gente que não é do ramo e que escreve direitinho no espaço virtual, o que me deixa contente. Agora, para escritor de verdade, eu tiro o chapéu, eis que nos brindam com excelentes textos. Ontem, li do escritor SÉRGIO FARACO a crônica CANTATA PARA UMA ESCRAVA TRISTE, que me empolgou bastante. É coisa que impulsiona ao aperfeiçoamento literário, independentemente da grande diferença qualitativa entre nós. Cada macaco no seu galho. Afinal, a literatura é obra de muitos.