GOSTO DEFINIDO E HÁBITO SEVERO

Devo sempre acautelar-me quando sou convidado para almoçar ou jantar em casa de amigo ou nos grandes eventos, em geral. Como, na minha casa, à noite, só tomo vinho tinto, é freqüente ser recebido em almoço, sobretudo em estação menos quente, com vinho no cardápio para o aperitivo e acompanhamento. Não bebo uísque há mais de 15 anos e, nos restaurantes, pega bem, eventualmente, uma caipirinha ou tequila pura. Até cachaça. Depois, é coca-cola sem limão e nem gelo. Ao meio-dia, não tomo vinho, assim como à noite, há uns vinte anos, não bebo cerveja. Em grandes festas, quando possível, uma cuba, senão champanha “brut” para acompanhar o embalo. Houve um tempo em que só bebia COINTREAU à noite, nos agitos, e costumava levar a garrafa. Passou. Mas é comum que a bebida oficial noturna seja cerveja e que os amigos me recebam em suas casas com vinho para o almoço. Na falta de alternativa, vou de coca-cola, guaraná e líquidos afins. Não consigo dobrar meu paladar ou sobrepujar meus hábitos arraigados neste plano. Preferiria um leite gordo e gelado de vaca. Para evitar contratempos, costumo levar meus três latões de cerveja – e não passo disto. Ademais, quando começo a comer, paro de beber as alcoólicas e festejo uma coca geladinha. Algumas vezes, até com o vinho, à noite, carrego a minha garrafa. É como dizem, cada louco com sua mania. Mas podem me convidar, pois a minha bebida eu levo.