QUEM AVISA, AMIGO É

Órgãos públicos e mídia geralmente observam reclamações da comunidade, mas, infelizmente, apenas quando os problemas são muito agudos, envolvem diretamente muitas pessoas e rendem, ou preocupação de um lado, ou forte repercussão de outro. Quando o assunto não gera imediata efervescência, por mais relevante que potencialmente seja, fica para depois ou jaz engavetado na chamada “sexta” (ou “cesta”) seção. Eu sei que há muito trabalho, interesses múltiplos e as decantadas “prioridades”, segundo a linha de cada um, mas responsabilidades republicanas, democráticas e informativas, no sentido mais amplo, precisam ser assumidas. Supondo-se, inclusive, o contraditório ou a verificação detalhada nas fontes. Escrevo isto em função de REPRESENTAÇÃO recente que fiz, de fato que pode não ter nada de sensacional, mas é lamentável em si mesmo e contém uma inegável latência danosa. Vou, então, simplesmente reproduzir o texto singelo que elaborei e distribuí e que, talvez nesta minha própria página do FACEBOOK atinja algum alcance e desperte indispensável consciência: “Serve a presente para encaminhar às autoridades públicas competentes REPRESENTAÇÃO com o escopo de agirem para evitar abusos, dentro de suas funções legais, conforme a seguir narrado. Moro no apartamento 402, do Edifício Morada da Serra, número 176, RUA REINALDO BERTOLUCCI, em GRAMADO, em frente ao lago Joaquina Bier, onde acontecem as apresentações operísticas do NATAL LUZ. Em frente ao prédio onde possuo dito apartamento, no amplo terreno de esquina, ornamentado por árvores decenárias, neste feriado de PÁSCOA, constatei que um ou dois indivíduos instalaram-se com panos e proteção de papelão, para desfrutar o sono da noite, mas fazendo suas necessidades fisiológicas à vista de moradores, passantes e turistas, crianças mulheres, velhos ou moços. Ainda que aquela propriedade seja privada (consta como pertencente a um espólio), seu uso ou ocupação não pode atentar contra os bons costumes ou contra a estética urbana de uma cidade eminentemente turística, em que os tributos e preços não são nada modestos. É claro que problemas sociais demandam solução humanitária, mas o todo tem primazia sobre o individual e a cidade, com tanto movimento de gente do país inteiro, não pode tornar-se uma terra de ninguém. Minha responsabilidade é alertar e representar para que sejam tomadas as medidas cabíveis.” JOSE PEDRO MATTOS CONCEIÇÃO, OAB 5.663, Porto Alegre."