Mais que cagada!
Um desses típicos haters de internet me atacou violentamente, escrevendo um comentário xingando a senhora minha mãe na porta do banheiro da faculdade. Na certa não lhe foi suficiente ter cagado, literalmente, para o singelo poema que ali se encontrava, foi preciso deixar também por escrito seu repúdio a aquelas minhas mal traçadas linhas.
Porém, o mais interessante foi que ele não se ocupou em apagar, riscar o que havia lido e não gostado, ele apenas se dedicou a ofender a minha mãezinha, que, apesar de ter me parido, diretamente, nada tinha a haver com aqueles malfadados versinhos. Dizia assim, as linhas finais do poema: “suicidou-se, pois, a vida que levava, era uma vida de cão”.
Pois bem. Se não bastasse o insulto a mamãe, ele ainda por cima escreveu lá que eu era um desocupado por ter dedicado alguns minutos do meu tempo, escrevendo aquela porcaria. Ambos acabamos sendo, não é mesmo?
Enfim. O que mais me comoveu em tudo isso, foi a elegância do sujeito, “sua mãe é uma puta suja”, escreveu ele lá.
Não sei ao certo o que tanto lhe desagradou e enfureceu. Se foi realmente os versos, seus possíveis sentidos, ou a falta deles. Ou se fora por eu ter rabiscado a porta do banheiro da faculdade. Vândalo!
Mas não. Por escrever na porta não pode ter sido, pois, ele acabou fazendo o mesmo. Certamente foi pelas palavras que escrevi, afinal de contas, “sua mãe é uma puta suja”, soa muito mais decente, mais poético, não é.