UMA FOTO DE PERFIL

Há pouco tempo, jantamos com filhos e netos no OUTBACK do Barra Shopping. Mais uma vez foi contada, pela filha Paula, uma historieta recente de patetice aguda que me aconteceu. Como já expliquei, não sou como aquele “borracho” que só alardeia os grandes feitos das bebedeiras, mas não conta os tombos que levou. Quando instalei a internet em Gramado, ultimei a transação através do What’s da Andréa, pois já tinha deixado claro à gerente de vendas da Bitcom que eu não possuía, não curtia e não queria dito aplicativo. Meu celular nem tem internet. Mas ela insistiu em concretizar tudo através do aplicativo da minha mulher. Mandei cópias de documentos assinados, todos os dados requeridos e, lá pelas tantas, ela manda dizer que precisava de uma foto minha. Tudo bem, pedi para Déa bater e enviar. Imediatamente a vendedora responde que a foto tinha de ser de perfil. Bueno, fiquei de lado e a esposa sacou uma nova foto, agora de perfil, que logo remeteu. Aí, a vendedora/gerente didaticamente explicou que a minha foto deveria constar NO PERFIL DO WHAT’S para legitimar o negócio, ou seja, Andréa precisaria colocar minha fotografia em vez da dela própria e mudar temporariamente o nome do detentor do “perfil” virtual, a fim de que eu ali figurasse. Rimos muito da confusão, eu nem sabia que o What’s também tinha perfil. As fotos antes sacadas e remetidas viraram piada. Lembrei de um caso no interior que o velho pai, médico, contava. Pediu a certa cliente para que já subisse à mesinha de exame, enquanto acabava outra função qualquer. Ao entrar na sala, apavorou-se com aquela mulher alta e corpulenta, inteiramente nua, equilibrando-se com enorme dificuldade, quase caindo, de pé na mesinha estreita de exame, onde deveria estar deitada, após subir uma pequena escada.