O que fazer, é a vida, meu amor!
No começo, quer dizer, naqueles primeiros meses do início do curso, eu minha irmã costumávamos nos referir a sua pessoa como, “o Talarico”. Alcunha merecida, pois, a poucos anos atrás, o mesmo tentará “furar meus olhos” se fazendo de amiguinho de uma antiga namorada minha.
Óbvio que naqueles primeiros dias de aula, eu – que talvez tenha realmente sido corno, porém, não tão manso – tratava logo de fechar a cara quando o via.
Foi somente com o passar do tempo, tempo que como diz a sabedoria popular, tudo cura, – que fui amansando com sujeito. Afinal de contas ele não foi o primeiro, nem o único, estão aí todos os meus ex “amigos” que não me deixam mentir. Como diz a canção: c’est la vie, mon amour!
Amansei. Amansei tanto que viramos até colegas de sala, daqueles que saem juntos para intervalo e tudo mais.
E foi assim que em um desses intervalos, conversa vai conversa vem, descobrimos que ambos havíamos pedido pão amanhecido na mesma padaria quando éramos criança. Ou seja, fora o caso da talaricagem e a coincidência de termos caído na mesma sala, as nossas vidas haviam se cruzaram muito tempo antes. Disputávamos o pão sem saber!
acontecia mais ou menos assim. Quando eu chegava primeiro na padaria do Gabriel, ele e a família ficavam sem pão. Quando ele é que chegava, eu minha família que padecíamos sem café da manhã.
Moral da crônica: disputamos primeiro o pão, depois, a carne (a namorada), e agora, uma vaga inglória para uma carreira de professor. A vida é realmente uma roda gigante.
...ah, já ia me esquecendo de dizer, tudo indica que ele ainda continua o mesmo aleivoso de outrora. O que fazer, é a vida, meu amor!