PRA FRENTE BRASIL

O crescimento do PIB nacional foi ínfimo em 2018. Continuamos autofágicos. Para este ano, projetam algo melhor, mas não com muita ênfase. Expectativas, promessas, possibilidades são interessantes, mas navegam em outro plano. Sim, eu sei, é assim mesmo, a própria economia mundial está devagar. Nem sei mais se espero 2020 ou 2021. Não tanto para mim, mas para filhos, netos, parentes, amigos e população em geral. Por aonde você vá, é uma placa depois da outra de “vende-se”, “aluga-se”, já um tanto carcomidas pelo tempo. Quem tem um pouco, não arrisca, quem precisa muito, que contraia empréstimos bancários escorchantes. O emprego está cada vez mais difícil, pelos investimentos de volume insuficiente, impostos astronômicos, burocracia “colonial”, disponibilizando salários minguados para falanges enormes dos que buscam trabalho. O empreendedorismo ainda é loteria, que demanda capital e muita resistência. Ainda prestigio a Justiça do Trabalho, mas, de fato, não tem sido eficaz nem para o Reclamante e nem para o Reclamado, notadamente pela morosidade – apanágio da Justiça em geral. Sim, a legislação não ajuda e o julgador carrega a cruz. O “Estado enxuto”, que poderia até ser bom, geralmente tende à piada, com nebulosas ideias de privatização e gestores não afeitos à arte e à ciência de administrar, para dizer o mínimo. Coisas de país terceiro-mundista, em que governos militares foram relativamente mais estatizantes que os posteriores de esquerda. Caça as bruxas contra servidores públicos, mas o terror do imposto de renda, sem reajuste, continua a nos esfolar, tanto quanto outros impostos e taxas. E proclama-se uma inflação mínima, que diminui remuneração e aplicações financeiras: quem poupa, recebe um afago, quem precisa tomar empréstimo, entrega o corpo e a alma. Enfim, piorar não piorou, as coisas vão indo a passo de tartaruga, alguma esperança no ar, há países desenvolvidos sofrendo até mais, relativamente. Mas isto não é consolo, pois temos farinha no saco para avançar com mais vigor. Vou apostar em 2020.