NOVO GOVERNO, PREOCUPAÇÕES E O FUTURO
Muitos analistas políticos preocupados com o amanhã. Creio que têm razão e também me preocupo, não a ponto de perder o sono. Vejam bem, quando Lula foi eleito Presidente, gente importante acreditava que iria desabar o mundo e que implantariam o socialismo no Brasil. Empresários prometiam abandonar o país e retirar seu capital. Nada aconteceu, no plano econômico e social, e o Lula acabou trazendo o Meirelles, que foi Presidente do BANKBOSTON. Agora, há quem acredite em dias negros com o Presidente eleito Bolsonaro, como vislumbram também com o Macron, na França, por exemplo – este atualmente debaixo de mau tempo com os “gilets jaunes”. Sem falar no Trump, amado por uns e detestado por outros, mas numa sociedade diferente e bem mais pujante. Acontece que o povo, hoje, está bem mais atento, exigente e participativo, inclusive no Brasil. Poderão surgir contratempos, é claro, mas nem o Temer – sem maiores compromissos - logrou impingir ao Parlamento a reforma da previdência sonhada. Além de uma sociedade mais engajada e lúcida, de um Judiciário um pouco mais sensível às pressões, há todo um grande interesse do capital internacional em preservar certa estabilidade nos países cobiçados, como o Brasil continental, para expandir e consolidar mercados, vender seus produtos e oportunizar investimentos rentáveis. Seja quem for o Presidente. Todo candidato fala grosso na campanha e logo que assume, tem de se ajustar ao peso da realidade, seja ele de esquerda, de direita, gordo ou magro. O mundo globalizado estabelece restrições e pendores. Soberania, liberdade adquirem novos significados, ao menos em países que já conquistaram certo estágio econômico evolutivo feito o nosso. Naturalmente que existe uma bela margem para o cometimento de besteiras, como sempre houve. O Jânio Quadros não proibiu o biquíni nas praias e os maiôs “cavados”? E, sendo abertamente de direita, não condecorou Che Guevara? Portanto, fiquem tranquilos, meus amigos, como Charles De Gaulle, Presidente Francês, NUNCA disse: “O Brasil não é um país sério”. Quem já sobreviveu ao Collor, vai longe. Não consigo esquecer o lançamento do “Plano Collor”, em entrevista com que nos brindaram Zélia e Ibrahim, numa verdadeira comédia “pastelão”, em que, por dedução, sabíamos mais do que eles nas atrapalhadas respostas que balbuciavam aos repórteres. O grande problema mesmo é o novo mundo que se percebe no horizonte.