(Imagem do Google)
Esse alguém sabe quem!
O sossego em décadas passadas nas cidadezinhas do interior de Minas era de dar inveja a quaisquer redes de varandas atuais, sejam elas de teares ou sociais.
Ficávamos de portas e janelas abertas , até mesmo nas madrugadas , podíamos contemplar a lua do nosso quarto sob um vento suave que descortinava nossas madeixas, suavizando alguns contratempos diários, dispensando comentários...
A couve mineira verdinha , refogada no alho, ofertada pelo vizinho era iguaria que compunha o jantar . Após a refeição íamos para calçada e cantávamos, “Chico Mineiro”, “Asa Branca” , “Se essa rua fosse minha”...
Nas noites de lua cheia , as melodias até desafinadas eram para nós como os grandes concertos, embora não os conhecêssemos.
“Boa noite,
diga ao menos boa noite,
abra ao menos a janela...
Pois eu canto é pra você...”
Nós , as moças dos anos 80 ficávamos esperando fevereiro chegar, criávamos as fantasias, formávamos os blocos , íamos ao clube da cidade, acompanhadas dos pais e deslizávamos pelo salão ao som das belas marchinhas carnavalescas de Chiquinha Gonzaga e tantas outras.
Segundo alguns estudiosos, o primeiro circo surgiu em Roma, na época do Império Romano. Os artistas que marcaram sua história são conhecidos como nômades viajantes, ciganos e saltimbancos, artistas que muito nos divertiram nessa época.
Palhaços anunciavam nas ruas de paralelepípedos a chegada do circo, "moça bonita não paga nada, mas também não leva nada", diziam. Hospedavam-se em praças empoeiradas, debaixo de lonas surradas, despertando a curiosidade e o desejo em várias pessoas que tinham dons artísticos e acabavam acompanhando-os. Globo da morte, acrobacias, trapezistas faziam-nos esquecer por instantes tempos rudes vividos, sofridos!
Uma dessas praças ficava perto da casa de minha bisavó , as músicas que mais se tocavam eram de Roberto Carlos, dentre elas, “Meu pequeno Cahoeiro”.
O melhor dessa época era a cumplicidade melodiosa dos enamorados, costumava-se ouvir a expressão “nossa música”, dando mais sabor ao romantismo, aos olhares apaixonados, beijos roubados , abraços apertados...
“Essa música alguém oferece a alguém e esse alguém sabe quem...”
Razões para face rosada, coração acelerado, olhar encantado, e quem nunca quis ser amado? Tempos dourados...
Ficávamos de portas e janelas abertas , até mesmo nas madrugadas , podíamos contemplar a lua do nosso quarto sob um vento suave que descortinava nossas madeixas, suavizando alguns contratempos diários, dispensando comentários...
A couve mineira verdinha , refogada no alho, ofertada pelo vizinho era iguaria que compunha o jantar . Após a refeição íamos para calçada e cantávamos, “Chico Mineiro”, “Asa Branca” , “Se essa rua fosse minha”...
Nas noites de lua cheia , as melodias até desafinadas eram para nós como os grandes concertos, embora não os conhecêssemos.
“Boa noite,
diga ao menos boa noite,
abra ao menos a janela...
Pois eu canto é pra você...”
Nós , as moças dos anos 80 ficávamos esperando fevereiro chegar, criávamos as fantasias, formávamos os blocos , íamos ao clube da cidade, acompanhadas dos pais e deslizávamos pelo salão ao som das belas marchinhas carnavalescas de Chiquinha Gonzaga e tantas outras.
Segundo alguns estudiosos, o primeiro circo surgiu em Roma, na época do Império Romano. Os artistas que marcaram sua história são conhecidos como nômades viajantes, ciganos e saltimbancos, artistas que muito nos divertiram nessa época.
Palhaços anunciavam nas ruas de paralelepípedos a chegada do circo, "moça bonita não paga nada, mas também não leva nada", diziam. Hospedavam-se em praças empoeiradas, debaixo de lonas surradas, despertando a curiosidade e o desejo em várias pessoas que tinham dons artísticos e acabavam acompanhando-os. Globo da morte, acrobacias, trapezistas faziam-nos esquecer por instantes tempos rudes vividos, sofridos!
Uma dessas praças ficava perto da casa de minha bisavó , as músicas que mais se tocavam eram de Roberto Carlos, dentre elas, “Meu pequeno Cahoeiro”.
O melhor dessa época era a cumplicidade melodiosa dos enamorados, costumava-se ouvir a expressão “nossa música”, dando mais sabor ao romantismo, aos olhares apaixonados, beijos roubados , abraços apertados...
“Essa música alguém oferece a alguém e esse alguém sabe quem...”
Razões para face rosada, coração acelerado, olhar encantado, e quem nunca quis ser amado? Tempos dourados...