FÁBULA ELEITORAL

Havia uma vespa que gostava de armas, canhões e bombas. Sua vida era explodir e gritar e, de dedo em riste, amedrontar marimbondos e abelhas.

E, como toda vespa, gostava de ferroar. Ferroava como se estivesse em guerra!

E ferroava porque é da natureza das vespas, ferroar.

Perto dali, havia uma formiga que gostava de roubar tudo o que ficava pelo caminho!

E carrega daqui e carregava de lá!

E andava e andava e andava. Carregava isso e aquilo. Por que é da natureza das formigas carregar coisas.

Certo dia, as duas se encontraram e brigaram muito! A confusão foi tanta e tanta que outras vespas e outras formigas invadiram aquele sossegado lugar! A confusão era geral!

Foi então que as cigarras, juntamente com os besouros e todos os insetos resolveram fazer uma votação. Escolheriam um lado para permanecer naquele lugar!

Realizadas as eleições, o grupo vencedor achou que deveria fazer uma grande limpeza, de tal modo que nunca mais teriam problemas. Por isso, um grande maquinário foi trazido e o belo monstrengo expelia uma fumaça muito forte!

A fumaça tornou-se tão espessa que não permitia a nenhuma criatura enxergar o que quer que fosse. Voos desencontrados, formigas pisoteadas, enfim, uma tragédia. Todos os insetos sufocados e mortos.

Quando a fumaça se desfez, um silêncio estarrecedor tomou conta do que restava…

MORAL: Há de se ter cuidado com os remédios. Mesmo nas pardas democracias, pode-se, por ingenuidade ou burrice, trocá-los por veneno.

CAMPISTA CABRAL
Enviado por CAMPISTA CABRAL em 10/11/2018
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