Eu choro por dentro a cada encontro nosso repentino. Mas é assim, cada um na sua e nada de perguntas do tipo "Como você está?", já sabemos a resposta e dizê-la não vai mudar nada, só vai doer. Doí porque a gente diz o que quer que o outro acredite que seja verdade. O outro acredita e aumenta no pensamento a informação recebida, faz cara de contente e se dilacera por dentro.
A gente quer que tudo esteja bem, que todos estejam bem também, a gente quer felicidade universal. Mas dá uma pontinha de tristeza crescente saber que daquela felicidade que outro tem agora, você não faz mais parte. E nem fará...
A gente se olha disfarçado enquanto meche no celular. Olha assim meio que de lado, tentando ver se acha alguma pista ou detalhe de alguma coisa que possa nos dizer o que as palavras nunca dirão.
O tempo vai passando e do momento que a gente diz que já vai embora até a hora de propriamente ir, passa uma eternidade. A gente grita alto, mas bem alto mesmo, querendo entender o sentido de tudo, o porque das coisas em volta, mas ninguém ouve um grito assim como esse, que só vai no pensamento...ninguém ouve.
Fica aí com teus gritos, que eu fico aqui com os meus. Um dia a gente pára de gritar e no pleno silêncio que estará entre nós, quem sabe não nasce um novo querer, quem sabe nossas mãos se encontrem para criar novas histórias. Tudo pode, como nada pode acontecer. É assim mesmo, essa nossa vida é intrigantemente confusa. Fui...não me pergunte para onde!
 
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