DESFILANDO NO VERÃO
Meu filho relembrou um episódio que aconteceu comigo – e só poderia ter ocorrido mesmo comigo – há vários anos, quando, num veraneio, hospedei-me no antigo HOTEL CASSINO XANGRI-LÁ (HOTEL TERMAS DE XANGRI-LÁ), que, aliás, deu origem à praia. Eles, filho e filha, com a mãe, veraneando em nossa casa da Rua Rio Carreiro, 932, pois era o mês de janeiro, afeto a ex-mulher, e eu desfrutando de um final de semana de muito calor à beira-mar, naquele tradicional e não mais existente espaço de veraneio e lazer. Depois da “cervejada” ao meio-dia e naturalmente após bem almoçar lá na casa, a convite, fui fazer minha habitual sesta no quarto do hotel. Lá pelas cinco horas da tarde, minha filha me liga e pede para informá-la se havia muita gente na piscina térmica do hotel, já que, conforme estivesse o panorama, ela viria me visitar para tomarmos banho e curtir o resto da tarde. Fiquei de conferir e, ainda meio sonolento, coloquei uma camisa aberta de manga curta e dirigi-me ao recanto das águas. Realmente, notei que uma ou outra pessoa me olhava diferente enquanto me locomovia nos longos corredores, atravessava os espaços e descias as escadas. Fui até a piscina, cheguei praticamente em sua beirada e regressei ao quarto para telefonar à filha informando que havia uma quantidade razoável de pessoas, mas nada assaz volumoso. Somente quando estava próximo a minha habitação foi que olhei melhor e me caiu a ficha: eu havia tirado as calças de brim para dormir e andei por boa parte do hotel só de cueca zorba.