12- POLÍTICA COM PIPOCA: Não existe salvador da pátria

A menos de uma semana do segundo turno para a eleição presidencial, o Brasil vive um clima de “eu estou certo e você está errado”. E o pior resultado que se podia esperar é que todos se consideram certos e o resto está errado.

Basta um só tema, e nem precisa ser polêmico. Um assunto qualquer, o preço do pãozinho francês da padaria da esquina. Para o padeiro o preço sempre está aquém dos custos; para o consumidor está no limite do que se pode pagar; ai vem o governo com pão feito à base de soja e dá aos mais carentes; imediatamente vem a oposição e diz que não se deve dá o pão, mas sim, oferecer cursos para o pobre fazer seu próprio pão. Só que a classe média diz que o governo não é para se meter nesse negócio de pão e nem de cursos de panificação, isso deve ser função da iniciativa privada. E para finalizar vêm com o arremate: estão fazendo tudo isso com os meus impostos. E, se juntar um elemento de cada opinião, hoje, todos estarão certos.

Acreditar que estar certo não é o problema, cada um temos opiniões que podem ser divergentes. É nosso direito. Agora, acreditar que estou certo e tentar anular a opinião do outro do qual discordo, ai está o problema.

Quando manifesto minha opinião pela escrita, não estou puxando a sardinha para nenhum lado do polo PT x PSL. E vejam que apenas pelo fato de não manifestar apreço por nenhum dos dois lados já sofro opressão de olhares cerrados me fuzilando mentalmente. Se meu interlocutor for devoto do Imaculado Lula: “Esse reaça vota no fascista.” Se for Bolsominio: “Essa conversa é de comunista filho da put*”.

Justamente por esse radicalismo, Não acredito em nenhum dos dois projetos. Os discursos sofreram mais remendo que toalha de retalhos, só para agradar aos eleitores. Quase que diariamente estão mudando os programas de governo. Tudo com a finalidade de atrair mais votos. Universidade vai ter mensalidade, Não-Vai, Vai-Não... Tem kit gay, não tem ,tem... Não os vejo como salvador da pátria. Aliáis, não há salvador da pátria. E, conhecendo o Brasil, as esperanças postas em quem ganhar vão ser rapidamente frustradas. Mas, isso é apenas uma opinião. Até lá, vamos fazer uso do bom senso, esse sim, não faz mal a ninguém.