CUNSPÉ NO CHÃO

Afundei o piseiro na istrada torrei no peito 8 Léguas de puera, vi ozóios sintupir na secura da dura andança.

A lunjura, ela sisticava a cada gleba vencida das trupeçagens dos Passos que pur veis, pensei que iam fartar.

Eita gota, até pensá cansa, que chega inté duer.

Oio de mancambira, risina de Cajueiro, bunda de tanajura, inté calango assado comi, modi num Fartar de veis o mastigo precisado.

Coisa rim, é fome dada pelo distino, quando aprumamos o pau da venta cuma sem rumo no aprumar dos Sintidos em busca de coisa mió.

Coisa mió? Hum...To pá vê essa tar de coisa mió.

O que de mió insiste, se nada que preste a vida me deu?

Oxe... dizaprumagem de pensamento véio besta, tulice de disviu de mente que acho que Deva sê do Só felvendo o juízo, e mexeno os miolo.

Eita uintura do istopô, pareci inté que ozinferno se mudô pra cá.

Lá se vai eu andano, coieno a sina que a vida.me deu.

In busca de que num sei, e se subesse, a gota serena era quem dizia a ninguém, não eu!

Pois afiná, nem sei o rumo certo ponde vô, se nem certo é a minha vida errante.

Mar mermo assim, é assim, desse mudelo que eu vô ino in diante, sem pressa, sem gosto e sem prumo.

CARLOS SILVA POETA CANTADOR
Enviado por CARLOS SILVA POETA CANTADOR em 15/10/2018
Reeditado em 16/10/2018
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