PÍLULAS DE VIDA

Resolvi registrar alguns singelos tópicos, coisas banais e que nos acontecem eventualmente; quando não é diretamente conosco, é com alguém conhecido. Minha mulher, passeando com os cachorrinhos na calçada, havia já observado uma senhora que aguardava o UBER. Uma caminhonete gigante importada, que deve custar metade de um apartamento, adentrou o caminho para veículos e o cidadão quedou-se à espera de uma vizinha bonitona. A senhora que esperava o transporte chamado veio direto em busca do seu lugar, mas minha mulher ainda teve tempo de avisá-la de que não era o seu Uber. Portanto, amigo, não é sempre que a sua Ferrari ou Maserati impressionarão os espectadores. Então, lembrei-me de alguns casos:

- certo dirigente de instituição às vezes pedia para um qualificado grupo técnico estudo sobre determinado tema. No prazo, reuniam-se e com o calhamaço em mãos, dava uma rápida olhada e prontamente concluía: está errado, refaçam! Aí o grupo saia da sala desenxabido para avaliar o ocorrido. Até que um deles relia tudo e ponderava: é, ele tem razão, não levamos em conta tal aspecto, vamos refazer.

- logo que meu filho Tiago começou a namorar sua esposa Isadora, minha falecida mãe, já a par dos acontecimentos, conversou bastante com Tiago, quando ele a visitou para almoçar. Na saída, recomendou umas duas vezes seguidas ao neto: “Diz para a Dorotéia que mandei um beijo”. Meu filho respondia: “Claro que eu digo, o problema é que eu não conheço nenhuma Dorotéia.”

- nos primeiros tempos de namoro com Andréa, fomos a uma festa de aniversário na casa em que residiam a ex-mulher e os filhos, creio que no aniversário de um deles. Vários amigos deles com namoradas que se chamavam Claudinha, por coincidência. Tive e tenho amigas chamadas Claudinha. Muita alegria, boa bebida, efusões, aí chamei um casal conhecido para apresentar minha nova namorada: “Apresento para vocês aqui a Claudinha”. Tóin!