Isso sim é um sufoco

 Era aproximadamente 18.30 horas. Nesse exato momento eu estava entregando a prova do concurso de agente penitenciário federal, que estava sendo realizado na Faculdade Pitágoras, no bairro Gutierrez, na avenida Raja Gabaglia, na querida cidade de Belo Horizonte. O meu irmão Roberto, cuja alcunha é Careca, também tinha ido comigo fazer essa prova.
          Tamanha era a aflição que eu estava para entregar a prova, me encontrava com uma tremenda de uma disenteria, e estava maluco para procurar um banheiro. Infelizmente não estava ciente que depois que entregasse a prova, não poderia mais usá-lo. Esse fato iria causar uma série de transtornos, que serão responsáveis por tudo que irei-vos narrar agora.
          A partir de então, tratei de descer rapidinho do prédio, para procurar algum lugar para aliviar o meu ventre. Não encontrando, o Careca deu a ideia de ir andando sentido br 381, que poderíamos encontrar um restaurante ou um posto para que eu pudesse aliviar o ventre.
          Para piorar a situação, o meu irmão que estava seguindo o GPS, acabou se complicando e ficou uns quarenta minutos tentando achar a saída da br 381. Enquanto ele estava desorientado, nervoso, eu estava me contorcendo de dores ao lado, implorando para que ele achasse um banheiro.
          Só que o meu irmão ficara totalmente perdido, e não quis mais continuar dirigindo, parando o carro logo em seguida. Eu disse a ele, que na situação que eu estava, não tinha condições de dirigir por que me encontrava bem aflito, por causa da bendita disenteria. Mas não teve jeito, depois de muita relutância, mesmo com minhas aflições, passei para a direção e comecei a dirigir o carro.
          Eu disse a ele que minha primeira meta, era achar um banheiro para poder aliviar o ventre, sendo que logo em frente me deparei com o supermercado do Extra. Tratei logo de partir para o estacionamento, na expectativa de achar o tão procurado banheiro.
          Ao parar no estacionamento, perguntei ao funcionário, onde era o banheiro, ele disse aqui em baixo não tem, só lá em cima. Tudo isso só iria colaborar para aumentar a minha aflição. Tratei de subir na maior correria as escadas e quando cheguei na recepção, a menina disse: o banheiro fica lá do outro lado. Aí já fui pensando, não vou conseguir, o supermercado era imenso, até chegar do outro lado não iria dar tempo. Com muito custo e aflição cheguei do outro lado, e perguntei a funcionária onde era o dito cujo. Ela me mostrou onde era e com muito custo alcancei o bendito.
          Prestem atenção, pois é agora que vai acontecer todo o fato. Mal me posicionara sobre o troninho e preeeeeeeeeccc, quando procurei agachar mais um pouco para sentar no tão querido trono e novamente preeeeecccc, olhei para ele e estava todo borrado com minhas fezes, aquele branco do trono e dos azulejos, foram substituídos por aquele tom meio amarronzado, a impressão que eu tinha, que lá em baixo deveria ter um spray, rs.
          E aí pensei nem bem cheguei a fazer as necessidades, e o banheiro já está todo borrado, não tem como usá-lo. Resolvi dar uma espiadinha pela porta, pra ver se havia alguém no recinto, pra minha sorte até aquele momento não tinha uma viva alma no banheiro. Então eu com a calça na mão pelo joelho, sai de um banheiro e fui para o do lado. Eu cheguei na hora certa o rapaz da limpeza tinha acabado de limpar os três banheiros, podendo escolher qualquer um dos três.
          Só que o rapaz da limpeza, voltou para poder jogar desinfetante nos vasos, e para sua triste surpresa, já topou de cara um banheiro todo borrado dos pés a cabeça. Gente nesse momento eu passei o maior aperto, eu estava no banheiro do lado, por que um eu já tinha borrado, e o funcionário da limpeza começou a xingar, e ele usava essas expressões: safaaaaado, filho de uma puuuuuuta, sem vergonha, ordinário, ah se eu achasse esse cagão. E quanto mais ele xingava, mais me dava uma crise de risos, mas tinha que segurar o meu riso para não denunciar o infrator, mas mesmo controladamente, eu estava me matando de tanto rir.
          Ele então passou a limpar o banheiro novamente, eu tratei de aliviar meu ventre direitinho, e para não ficar muito na cara, eu zuei com ele ainda e disse: olha moço não foi eu viu, quando eu cheguei já encontrei esse banheiro borrado e fui saindo morrendo de rir com o que eu tinha acabado de aprontar.
          Só assim pude, agora feliz e com o ventre aliviado, continuar nossa viagem e ás 23 horas chegamos no nosso destino. Parece invenção de tão cômico que é, mas esse caso verdadeiramente aconteceu.

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 07/09/2018
Reeditado em 26/08/2020
Código do texto: T6442498
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