(Imagem do Google)
A vida é boa, juro!
Em tempos de “WhatsApp” (tenho um pouco de resistência quanto à grafia desta palavra, não me perguntem o porquê) nada ou quase nada passa despercebido. Recebi há uns dias mensagem de uma amiga com os dizeres a seguir:
“-Vá a uma agência da Caixa Econômica Federal, se tiveres trabalhado no período tal( esqueci-me qual período ) certamente terá algo a receber."
Compartilhei a mensagem com uma só pessoa, o dia estava cinzento, chuvoso, troquei meu “look” e fui a uma agência perto de casa . Quando cheguei poderia ter ido ao caixa eletrônico, avoada que sou, esqueci-me da senha. A atendente disse-me que a fila estava enorme.
Pensei comigo, não há problema, passei 35 anos de minha vida prestando obediência ao relógio, atualmente nem lhe dou muita atenção, visto que ele não me persegue como antes, estamos em quase perfeita harmonia.
Peguei a senha, fui para a fila, sentei-me nas cadeiras celestes , aguardando minha vez e observando as pessoas. Uns apressados,outros com olhares longínquos, suponho eu pensando na vida, contida, sofrida. Um avô com a filha e uma netinha de uns três anos tornou-se o centro das atenções, elogiando as peripécias da criança e dizendo o quanto era esperta aquela menina! Fiquei mais de duas horas na fila, pensei na minha trajetória de vida, viajei, fiz planos , construí castelos vermelhos, amarelos,singelos. Alguns falavam tão alto como se estivessem no sofá da sala de visitas de suas casas, eu olhava meio de esguelha , primeiramente porque acordava de meus sonhos e confesso-lhes também o incômodo pela falta de educação escancarada.
Chegara minha vez , desci as escadas pensativa, embora não tivesse provas até o momento mas convicta de não haver vintém algum. O que faria com aquela quantia a mim destinada por mérito, pelo trabalho árduo e prazeroso de 30 anos em sala de aula.
Sentei-me, a funcionária pediu desculpas pelo tempo esperado, certamente ouvira os queixumes em alto e bom som dos que ali esperavam pelo atendimento.
Disse-lhe que não havia o quê se desculpar. Ela uma funcionária, que culpa teria pelos desmandos deste país?
Educadamente me falou:
- a senhora tem um saldo de nove reais.
Olhamo-nos e sorrimos reciprocamente, peguei o dinheiro, passei numa casa de chocolates, levei duas trufas para meus pequenos de 23 e 25 anos, presenteei-me com uma barrinha de chocolate ao leite com maracujá, adocicando minha manhã chuvosa, dadivosa.
Não tenho o quê reclamar desse dia, saí de casa, andei pela avenida Afonso Pena, senti suavemente as gotas da chuva, deparei-me com a doçura de um labrador e os chocolates, quantos quilates…
Em 1961, Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo a flor nacional, beleza descomunal! Quedas roxas e rosas de suas pétalas nos dão boas vindas e daí a poucos dias as amarelas pedem passagens e quão bela fica a nossa "Belô, um amô..."
A vida é boa, juro!
“-Vá a uma agência da Caixa Econômica Federal, se tiveres trabalhado no período tal( esqueci-me qual período ) certamente terá algo a receber."
Compartilhei a mensagem com uma só pessoa, o dia estava cinzento, chuvoso, troquei meu “look” e fui a uma agência perto de casa . Quando cheguei poderia ter ido ao caixa eletrônico, avoada que sou, esqueci-me da senha. A atendente disse-me que a fila estava enorme.
Pensei comigo, não há problema, passei 35 anos de minha vida prestando obediência ao relógio, atualmente nem lhe dou muita atenção, visto que ele não me persegue como antes, estamos em quase perfeita harmonia.
Peguei a senha, fui para a fila, sentei-me nas cadeiras celestes , aguardando minha vez e observando as pessoas. Uns apressados,outros com olhares longínquos, suponho eu pensando na vida, contida, sofrida. Um avô com a filha e uma netinha de uns três anos tornou-se o centro das atenções, elogiando as peripécias da criança e dizendo o quanto era esperta aquela menina! Fiquei mais de duas horas na fila, pensei na minha trajetória de vida, viajei, fiz planos , construí castelos vermelhos, amarelos,singelos. Alguns falavam tão alto como se estivessem no sofá da sala de visitas de suas casas, eu olhava meio de esguelha , primeiramente porque acordava de meus sonhos e confesso-lhes também o incômodo pela falta de educação escancarada.
Chegara minha vez , desci as escadas pensativa, embora não tivesse provas até o momento mas convicta de não haver vintém algum. O que faria com aquela quantia a mim destinada por mérito, pelo trabalho árduo e prazeroso de 30 anos em sala de aula.
Sentei-me, a funcionária pediu desculpas pelo tempo esperado, certamente ouvira os queixumes em alto e bom som dos que ali esperavam pelo atendimento.
Disse-lhe que não havia o quê se desculpar. Ela uma funcionária, que culpa teria pelos desmandos deste país?
Educadamente me falou:
- a senhora tem um saldo de nove reais.
Olhamo-nos e sorrimos reciprocamente, peguei o dinheiro, passei numa casa de chocolates, levei duas trufas para meus pequenos de 23 e 25 anos, presenteei-me com uma barrinha de chocolate ao leite com maracujá, adocicando minha manhã chuvosa, dadivosa.
Não tenho o quê reclamar desse dia, saí de casa, andei pela avenida Afonso Pena, senti suavemente as gotas da chuva, deparei-me com a doçura de um labrador e os chocolates, quantos quilates…
Em 1961, Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo a flor nacional, beleza descomunal! Quedas roxas e rosas de suas pétalas nos dão boas vindas e daí a poucos dias as amarelas pedem passagens e quão bela fica a nossa "Belô, um amô..."
A vida é boa, juro!
(Imagem do Google)
Grata ao poeta Walter de Arruda por esta bela interação!
CANTIGAS DE RODA À PROFA. ROSA E A TODAS AS PROFESSORAS!
Hoje preciso memo fazê...
Um verso bunito pra molde de incantá
A nossa fessorinha Rosa
Que veio ainda Mocinha a ensiná
As nossas crianças da nossa região rural
A aprnder o b a bá, a brincá de roda i a cantá...
também fique ouvindo pru que vô chamá
Os cantadós da redondeza
Pra vir lhe oferecer a mais linda Serenata com Céu e Luar...