O testemunho nos caminhos de Israel
Eu precisava ir. Resisti mas atendi ao chamado e acabei seguindo a consciência que me dizia: é preciso ir conhecer os caminhos e a terra natal de Jesus.
Esse foi um grande presente, que Deus me concedeu. Conhecer os caminhos do seu filho muito amado, e ver quão difícil foi a igreja do Cristo, à época, por todas aquelas terras.
Fiquei imaginando como fez o Homem Jesus, há mais de dois mil anos, para transmitir a palavra, conhecer os habitantes de lugares quase inóspitos, íngremes e poeirentos; sem estrada e sem transporte para ir de um lugar a outro. Ele foi e multidões o seguiram.
Eu precisava ir e fui. Todas as pessoas deveriam ter a oportunidade de conhecer as veredas, os caminhos de Jesus feito homem, na sua vida terrena, então entenderiam o que hoje carrego comigo, esse sentimento de participar com Ele das jornadas, árduas jornadas pelas quais passou. Ouvir no silêncio das montanhas a voz Daquele que clamava no deserto, em nome do Pai, do Seu nome e do Espirito.
Acompanhar seus passos, pisar na terra sobre a qual Ele pisou, ir aos lugares aonde Ele foi, estar nos lugares onde Ele esteve, não se pode explicar. É preciso viver e sentir dentro de nós, o fervor da fé, a emoção latente. Em muitos lugares senti a Sua presença e orando ao Pai, por certo Ele orou comigo.
Realmente não seria em nenhum paraíso, que Jesus nasceria, mas em uma terra árida, desértica, sem água em abundância e de acesso complicado aos diversos povos da região em sua época.
Em Nazaré, local da anunciação pelo anjo a Nossa Senhora, é um lugar de vida, alegria e aconchego humano. Ao redor do poço de Maria, você vê brotar a água em abundância, em um local tão árido. Permite-nos sentir a esperança da boa nova, o milagre da vida, a vinda do Salvador.
Pude aqui meditar sobre a vida. Orei em memória dos meus pais, meus avós, meus sogros e por todos que geraram vidas. Nesse lugar reina o amor e a fé em Maria, o trabalho em José e a palavra em Jesus. “Eis aqui a serva do senhor”.
Em Jerusalém, na região de Ein Karen, em visita a igreja da Visitação, onde a Virgem Maria visita sua prima Izabel, de idade avançada, para a época, pude comparar os cantos dos pássaros, com um hino de louvor, entoado a Mãe de Cristo Jesus. Orei pela generosidade daqueles que partilham a vida, assim como fez a nossa mãe Maria Santíssima. ‘Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações”.
Em Belém estar o local da manjedoura, a gruta na qual nascera o Messias. Era tudo tão difícil, tão precário, que chegamos a imaginar como pode o Homem dos homens, o Rei dos reis ter vindo em tão acentuada pobreza. Mas as palavras dos profetas precisavam ser concretizadas. E assim cumpriu-se o anunciado.
Pedi por todos os necessitados, os carentes de amor, de saúde, de água e de pão; de vestimenta e um teto para se abrigar do sereno e do sol. Pedi pelos que não tem fé e os vazios de generosidades para com o próximo. Aqui pedi por mim mesmo: “Senhor eu creio, mas aumentai a minha fé”.
Ter visitado o monte Tabor, local da transfiguração de Jesus, feita a ponte entre o céu e a terra, me alegrou o corpo e a alma. Visitar o monte das tentações, fortaleceu o meu corpo e o meu espirito, sem que me abatesse o cansaço. “Vai-te satanás porque está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás e a Ele só prestarás culto”. O monte das bem-aventuranças, onde ocorreu o sermão da montanha, e o rio Jordão, onde João Batista, realizou o batismo de Jesus Cristo.
Jesus percorreu caminhos espinhosos e ao mesmo tempo de luz, para os que o escutavam. Pescou no mar da Galileia, ou lago de Genesaré, se não peixes, mas homens para o seu apostolado. Passei ainda por Tiberíades, Cafarnaum e Tabgha.
Conheci ainda, Cesaréia Marítima, Haifa, Jericó, Caná da Galileia, Muhraqa, Qumram, Mar Morto, Jerusalém, Jaffa e Emaús.
Em Jerusalém, no Santo Sepulcro, orei no local de sua crucificação, toquei a pedra sobre a qual Ele foi ungido após sua morte, e de joelhos por terra, em frente ao local do seu sepultamento. Seu tumulo estar vazio. Ao terceiro dia ressuscitou, Ele vive ao lado do Altíssimo. Assim disse Jesus a Maria Madalena: Não me detenhas, porque ainda não subi para o meu Pai, mas vai para os meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
Na tarde do primeiro dia da semana, após sua morte, Jesus se pôs no meio dos apóstolos e falou: a paz seja convosco. Por não estar presente, Tomé não acreditou ao lhe contarem. Em outra aparição, assim falou Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.
Expressar um sentimento de natureza religiosa, tornam-se escassas as palavras a quem quer se fazer entender. Acredito que só vivenciando cada ponto dessa história, cada lugar originário, fonte desses fatos, poderá suprir o vazio deixado, pelas informações que a nós católicos são passadas desde a mais tenra infância.
Eu acreditei sem saber onde e como ocorreu o ato. Vivi para enxergar, não apenas ver o cenário onde tudo se passou. Eu estive lá, em cada lugar, em cada caminho e assim me faço testemunho da vida terrena de Jesus e da Via Sacra pela qual passou. Assim direi, Senhor estejais sempre em mim e eu em Vós; nas horas de alegrias e sofrimentos, porque mesmo crendo eu vos pedirei: aumentai mais e mais a minha fé.
Rio, 27/08/2018
Feitosa dos Santos
Eu precisava ir. Resisti mas atendi ao chamado e acabei seguindo a consciência que me dizia: é preciso ir conhecer os caminhos e a terra natal de Jesus.
Esse foi um grande presente, que Deus me concedeu. Conhecer os caminhos do seu filho muito amado, e ver quão difícil foi a igreja do Cristo, à época, por todas aquelas terras.
Fiquei imaginando como fez o Homem Jesus, há mais de dois mil anos, para transmitir a palavra, conhecer os habitantes de lugares quase inóspitos, íngremes e poeirentos; sem estrada e sem transporte para ir de um lugar a outro. Ele foi e multidões o seguiram.
Eu precisava ir e fui. Todas as pessoas deveriam ter a oportunidade de conhecer as veredas, os caminhos de Jesus feito homem, na sua vida terrena, então entenderiam o que hoje carrego comigo, esse sentimento de participar com Ele das jornadas, árduas jornadas pelas quais passou. Ouvir no silêncio das montanhas a voz Daquele que clamava no deserto, em nome do Pai, do Seu nome e do Espirito.
Acompanhar seus passos, pisar na terra sobre a qual Ele pisou, ir aos lugares aonde Ele foi, estar nos lugares onde Ele esteve, não se pode explicar. É preciso viver e sentir dentro de nós, o fervor da fé, a emoção latente. Em muitos lugares senti a Sua presença e orando ao Pai, por certo Ele orou comigo.
Realmente não seria em nenhum paraíso, que Jesus nasceria, mas em uma terra árida, desértica, sem água em abundância e de acesso complicado aos diversos povos da região em sua época.
Em Nazaré, local da anunciação pelo anjo a Nossa Senhora, é um lugar de vida, alegria e aconchego humano. Ao redor do poço de Maria, você vê brotar a água em abundância, em um local tão árido. Permite-nos sentir a esperança da boa nova, o milagre da vida, a vinda do Salvador.
Pude aqui meditar sobre a vida. Orei em memória dos meus pais, meus avós, meus sogros e por todos que geraram vidas. Nesse lugar reina o amor e a fé em Maria, o trabalho em José e a palavra em Jesus. “Eis aqui a serva do senhor”.
Em Jerusalém, na região de Ein Karen, em visita a igreja da Visitação, onde a Virgem Maria visita sua prima Izabel, de idade avançada, para a época, pude comparar os cantos dos pássaros, com um hino de louvor, entoado a Mãe de Cristo Jesus. Orei pela generosidade daqueles que partilham a vida, assim como fez a nossa mãe Maria Santíssima. ‘Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações”.
Em Belém estar o local da manjedoura, a gruta na qual nascera o Messias. Era tudo tão difícil, tão precário, que chegamos a imaginar como pode o Homem dos homens, o Rei dos reis ter vindo em tão acentuada pobreza. Mas as palavras dos profetas precisavam ser concretizadas. E assim cumpriu-se o anunciado.
Pedi por todos os necessitados, os carentes de amor, de saúde, de água e de pão; de vestimenta e um teto para se abrigar do sereno e do sol. Pedi pelos que não tem fé e os vazios de generosidades para com o próximo. Aqui pedi por mim mesmo: “Senhor eu creio, mas aumentai a minha fé”.
Ter visitado o monte Tabor, local da transfiguração de Jesus, feita a ponte entre o céu e a terra, me alegrou o corpo e a alma. Visitar o monte das tentações, fortaleceu o meu corpo e o meu espirito, sem que me abatesse o cansaço. “Vai-te satanás porque está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás e a Ele só prestarás culto”. O monte das bem-aventuranças, onde ocorreu o sermão da montanha, e o rio Jordão, onde João Batista, realizou o batismo de Jesus Cristo.
Jesus percorreu caminhos espinhosos e ao mesmo tempo de luz, para os que o escutavam. Pescou no mar da Galileia, ou lago de Genesaré, se não peixes, mas homens para o seu apostolado. Passei ainda por Tiberíades, Cafarnaum e Tabgha.
Conheci ainda, Cesaréia Marítima, Haifa, Jericó, Caná da Galileia, Muhraqa, Qumram, Mar Morto, Jerusalém, Jaffa e Emaús.
Em Jerusalém, no Santo Sepulcro, orei no local de sua crucificação, toquei a pedra sobre a qual Ele foi ungido após sua morte, e de joelhos por terra, em frente ao local do seu sepultamento. Seu tumulo estar vazio. Ao terceiro dia ressuscitou, Ele vive ao lado do Altíssimo. Assim disse Jesus a Maria Madalena: Não me detenhas, porque ainda não subi para o meu Pai, mas vai para os meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
Na tarde do primeiro dia da semana, após sua morte, Jesus se pôs no meio dos apóstolos e falou: a paz seja convosco. Por não estar presente, Tomé não acreditou ao lhe contarem. Em outra aparição, assim falou Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.
Expressar um sentimento de natureza religiosa, tornam-se escassas as palavras a quem quer se fazer entender. Acredito que só vivenciando cada ponto dessa história, cada lugar originário, fonte desses fatos, poderá suprir o vazio deixado, pelas informações que a nós católicos são passadas desde a mais tenra infância.
Eu acreditei sem saber onde e como ocorreu o ato. Vivi para enxergar, não apenas ver o cenário onde tudo se passou. Eu estive lá, em cada lugar, em cada caminho e assim me faço testemunho da vida terrena de Jesus e da Via Sacra pela qual passou. Assim direi, Senhor estejais sempre em mim e eu em Vós; nas horas de alegrias e sofrimentos, porque mesmo crendo eu vos pedirei: aumentai mais e mais a minha fé.
Rio, 27/08/2018
Feitosa dos Santos