COMEÇOU O SEGUNDO SEMESTRE
Houve tempo em que eu tinha mais prazer em sair à noite, em pleno inverno, para bares ou restaurantes. É bom ainda, mas melhor é usufruir os deleites do ninho, tomando um vinho tinto de qualidade, com internet à inteira disposição e diversificando sabores com as comodidades da tele-entrega, quando dá vontade. O que mudou? A lei do antitabagismo e a “lei seca” foram muito influentes. A questão da segurança e o aumento dos preços também, notadamente da garrafa de um bom vinho em qualquer Maison. Finalmente, é claro, as conveniências gerais que o fator idade costuma refinar, no sentido de menos tolerância aos desagrados dos deslocamentos, ambientes e atendimento. Continuo gostando do frio e o mau tempo não me assusta. Acho, então, que me expliquei. Mas não serei hipócrita: a preguiça igualmente pesa na balança. Mas, convenhamos, fecharam muitos restaurantes e bares tradicionais em Porto Alegre, em função dos novos tempos e dos fatores a que já me referi. Estamos, agora, já nos primórdios do segundo semestre de 2018 e “planejo”, penso em me movimentar um pouco mais, visando, sobretudo, GRAMADO. Pena que a mulher tenha uma vida inteira de trabalho pela frente e, portanto, não pode espraiar-se. Já estamos na reta final dos melhoramentos a que nos propusemos fazer aqui em casa e ficarei mais liberado, doravante. Salvo filhos, netos e os cachorrinhos. Não aprecio o “ir e vir”, o que me faz precisar de mais tempo de estadia na morada interiorana. Mas não é bom negócio lá permanecer 3 ou 4 dias só com os cachorrinhos.Vou tentar, talvez apenas com a Baby, já que ela não se separa de mim. Afinal, há três anos e meio aposentado, está chegando o momento de inventar alguma novidade, que não seja eventual viagem ou coisa de compromisso. Nunca andei de moto, já disse que não sou ligado em máquinas, não curto dirigir automóvel na cidade, mas tenho fantasiado em comprar algo tipo motoneta ou bicicleta elétrica para alguns giros em Gramado, o que me facilitaria a vida e seria novidade. Minha mulher e filhos acham um absurdo, eu também, de certo modo, mas é bobagem que ainda cutuca. Automóvel não me inspira, mas, de repente, um Fusquinha descartável, quem sabe? Afinal, não desejo impressionar ninguém e, muito menos, me incomodar.