FIM DE COPA
Aconteça o que acontecer, o final da COPA DO MUNDO vai deixar saudade. Está sendo empolgante e divertida, talvez como nunca. Mesmo não sendo HEXA, nossa Seleção está cumprindo um belo papel e temos visto grandes jogos, com o mundo inteiro atento, participativo e geralmente vibrante. Nem o mau humor de uns poucos contamina o espírito positivo amplamente dominante. Mas o pior é que, pouco tempo após, começará a desgraça da propaganda política, com suas falácias e comicidade triste. Faz parte, Democracia é assim mesmo, não há caminho melhor. O duro será aguentar o transbordar do recalque agressivo de alguns, a histeria de outros tantos crentes e até a boa-vontade ingênua da maioria. Para evoluir e filtrar, é preciso tudo isto, eu sei. Nunca foi muito diferente. Mas a paixão do esporte costuma ser mais límpida do que o partidarismo fidagal, a ideologia do século XX ou o carreirismo ilusionista, com o povo na expectativa de luzes ao fim do túnel. Por isto, antecipadamente, já estou com saudade do espírito copeiro universal, mesmo que ainda faltem os jogos decisivos. Ao menos este ano passará ligeiro, o que talvez não seja ideal para nós, os veteranos.