POLÍTICA DE AMIZADES VIRTUAIS

Gosto de conhecer pessoas, especialmente interessadas, que interajam – mesmo que só eventualmente – gostem de ler, dar opinião, participar minimamente. Não me interessa se é homem, mulher, jovem ou idoso, conquanto que existam, quer dizer, sejam reais, não sejam “fakes”. Recebo freqüentes pedidos de amizade de belas jovens de outros países. Verifico os perfis e não fico nada convencido, portanto, recuso. Ultimamente, venho recebendo alguns pedidos de amizade de supostas mulheres-soldado norte-americanas, nada contra, mas os perfis nada revelam sobre a guerra ou sobre a paz. Ademais, o que lhe poderiam interessar meus textos em português? Preservo, a título de memorial, vários amigos que já faleceram, mas detesto manter “em atividade”, só para fazer número, aqueles que se retiraram do Facebook, por tal ou qual razão. Saio catando as almas penadas e as excluo da página, afinal, não estão mais nem aí. Quem se der ao trabalho de conferir, talvez se surpreenda com a população de fantasmas. Para quem tem alguma dose de transtorno compulsivo-obsessivo como eu, isto é intolerável. Por outro lado, devo registrar que tenho amigos reais que não são bons amigos virtuais e excepcionais amigos virtuais que nem conheço pessoalmente. Tirante aqueles que praticamente nunca interagem no Face, fico em dúvida se são verdadeiramente amigos aqueles que já cultivei ao vivo e a cores. Há os que só cultivam amizades ideológicas ou clubísticas, são uns chatos de galocha. Viva os amigos ferozmente de direita ou de esquerda, gremistas ou colorados, com quem é possível interagir positivamente sobre muita coisa. Detesto quem usa o Face só para vender produtos, serviços ou sua candidatura a qualquer coisa. É caso grave de oportunismo explícito. No mais, é tudo uma beleza e enriquece a vida.