O Crime

Da série: PARÔNIMOS NOSSOS DE CADA DIA.

(Não quero esmolas, apenas uns trocadilhos)

O Crime

Há muito tempo, na pacatíssima, remota e totalmente desprovida de ocorrências policias, cidade de Inocência, passou a viver Estela; mulher de viva sagacidade; bela, atraente, mas de índole duvidosa.

Em pouco tempo, arregimentou uma legião de homens apaixonados. Ardilosa e premeditada que era, escolheu a dedo o seu namorado-útil.

Tratava-se de Nonato (ou “Nato”, como era conhecido por todos ali), funcionário de uma gráfica em vias de desativação. O homem completamente embevecido por tão radiante beleza, considerava-se o sortudo-mor da cidade. Tamanha era sua subordinação aos encantos da moça, que se tornou o parceiro perfeito: parvo, obediente e ingênuo. Para encurtar a prosa, Estela o convenceu a falsificar documentos importantes, usando a gráfica na qual o tolo ainda trabalhava. Ele, cego de paixão, concordou sem questionar. O amor que nutria valia a assunção de qualquer risco, assim pensava o homem de estética mediana e carisma inexistente. Nunca, nem nos mais otimistas dos sonhos, concebeu namorar uma mulher igual a Estela. Era o Nirvana da sua vida afetiva, restrita aos afagos grudentos da mãe e aos beijos protocolares das primas. Assim sendo, cometeu o delito inédito e inaudito em todo o município e região.

O que nem ele, nem a sua maquiavélica cúmplice contavam era da chegada furtiva de Justiniano na cidade.

Hábil detetive, de faro apurado, fora contratado por otário, digo, Otávio, uma vítima de antigo golpe impetrado por ela em localidade bem distante dali. De tão traumatizado que ficara, obstinado tornou-se. Contratou os serviços do Dick Trace tupiniquim para localizar, desmascarar e prender a meliante usurpadora da dignidade e de outros valores seus. Justiniano, após acertar toda a logística com a atônita e despreparada polícia local, conseguiu armar um flagrante e prender o casal transgressor. O crime de falsificação, sem precedente na cidade foi denominado pela tacanha polícia pelo nome dos dois envolvidos. Passou a ser chamado, pelo menos para fins desta ocorrência, de crime de “Estela e o Nato”

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© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

Setembro/2017

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 11/06/2018
Reeditado em 25/06/2018
Código do texto: T6361818
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