A Primeira vez, a gente nunca esquece

Me surpreendo e ao mesmo tempo me fascino com a capacidade que o nosso cérebro tem de registrar certos momentos da nossa vida de maneira tão marcante, tão latente, que a impressão que temos que os tais tivessem acontecido ontem.
Sem dizer ainda que tudo que é primeiro o cérebro tem mais facilidade pra guardar. O primeiro beijo, a primeira relação, o primeiro carro, a primeira casa, a primeira escola, a primeira namorada e assim por diante.
Mas a primeira vez que irei relatar-vos é sobre a minha primeira festa de aniversário, que foi justamente no dia 02/02/1970 quando eu completei 7 anos.
Foi uma festa surpresa. chegando da escola, observo que a sala estava enfeitada com balões e bandeirolas, ainda não tinha me dado conta, quando a minha mãe mandou que eu fosse tomar banho e me arrumasse por que aquela era a minha festa de aniversário. surpreso e palpitando ficou o meu coração, e tratei logo de me arrumar para poder comer bolo, balas e chocolates. Somando-se a isso estava também a minha expectativa de ganhar algum presente.
Foi uma festa simples, poucas pessoas, somente a turma da casa e alguns vizinhos. Mas aquilo era algo novo, inédito, nunca tinha tido uma festa de aniversário, e agora ali estava eu sendo o centro das atenções, como eu me alegrava com aquele momento.
Lembro que não ganhei muitos presentes, mas um em especial ficou marcado pra sempre em minha memória, foi um estojo com 36 lápis de cores, presente dado pela minha tia Nilza. Talvez ela nem venha lembrar disso, mas com certeza esse pequeno gesto ficará eternamente gravado na minha memória.
Diante disso algo eu posso afirmar, nem sempre precisaremos de muito para sermos felizes.



 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 26/05/2018
Reeditado em 29/05/2018
Código do texto: T6346777
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