Entre cabeças: Melancólico
Dê-me licença, pois, aqui, desejo incorporar um senhor de setenta e poucos anos, que teve sua vida distante do almejado. Estou sentado à uma mesa de bar, acomodado no berço noturno. Degustando uma garrafa de ludibriante, que atua como estrada de tijolos amarelos para a cidade das boas recordações. E na neblina forjado pelo canudo branco, busco, no abstrato, traços que me guiem para o plano das lamúrias.
A guitarra que lamenta o blues na sinfonia que acolhe o ambiente, arromba o saloon de meus pensamentos com autoridade, rendendo meus neurônios a sapatearem no acorde da agonia, sentenciando-os a segundos de trabalho comunitário em preservação da beleza. E que, despretensiosamente, permitem florescer ramos de promessas daninhas nas saídas fluviais dos Jardins Suspensos, resultando no seu sucumbir perante as brutas torrentes trazidas pelas nuvens de minha natural incompetência.
Fugidos neurônios, pela estrada de tijolos amarelos, não encontram, em seu fim, o shaman que lhes abençoe com coragem de enfrentar os custos pelo desastre causado, carregando o fardo da permuta da moradia da senhora encantada no muro por uma brigada no páramo. Amaldiçoando-me no enganar do trotar das estrelas cadentes em trazê-la de volta com espasmos musculares despercebidos neste meu comprimido peito.