Paixão x Ética

Certa amiga me procurou para que eu pudesse dar algumas orientações para elaboração de uma redação cujo tema era: ’As paixões podem impedir os seres humanos de serem éticos’. Dentro das minhas limitações, passei alguma coisa, espero que possa ajuda-la, todavia sentir-me desafiado e aqui estou na tentativa de elaborar algo sobre esse assunto.
Creio que uma pequena minoria poderia fazer uma exposição sobre esse tema a partir de uma negativa, mas como não sou a minoria, procurarei responder a esse tema com uma afirmação positiva, e tentarei fazer essa comprovação a partir de um texto imensamente conhecido que é o ‘Mito da Caverna’ do famoso filósofo Platão.
Para Aristóteles a virtude seria a expressão máxima da excelência na vida de uma pessoa, sendo somente encontrada através da verdade, da razão e do conhecimento. Somente uma pessoa virtuosa poderia desenvolver a ética, uma vez que ela visa o bem comum de todos, por outro lado, tem as paixões, fazendo com que o indivíduo fique dividido, confuso, uma vez que uma pessoa dominada pela paixão pode inclinar-se para o vício, levando uma vida totalmente desregrada.
Na minha concepção Jesus Cristo é o maior entre todos os filósofos e ele comentando sobre isso disse: ‘Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’.
No mito da caverna, poderemos observar um pouco de ética e também das paixões. Segundo o mito numa caverna viviam homens que estavam totalmente acorrentados, vendo somente aquilo que estavam em sua frente, só conseguiam ver sombras. Essas sombras eram apenas reflexos de estatuetas produzidos pela fogueira que ali dentro havia e pela luz da entrada da caverna. Num certo dia um dos acorrentados, inconformado com aquela rotina, resolveu sair, na concepção de Aristóteles esse era o filósofo que partira em busca de uma nova realidade. Saindo das trevas e escuridão reinantes na caverna, ao chegar na sua entrada, em contato com o sol ele fica plenamente cego, mas gradativamente ele vai se recuperando e consegue ver o mundo completamente diferente daquele vivido no interior da gruta. Fica fascinado com o sol, a natureza, as cores ali existentes, ele agora estava em contato com o conhecimento e a verdade. Maravilhado com tudo aquilo e inconformado com o mundo de sombras que os seus semelhantes estavam vivendo, tomou a decisão de voltar à caverna e anunciar as boas novas aos seus semelhantes. Ao tomarem conhecimento da realidade existente fora da caverna, eles acharam que o filósofo estava mentindo, que era doido e queriam mata-lo e continuaram na escravidão.
Trazendo essa alegoria para o mundo em que vivemos, a caverna representa a sociedade em que vivemos escravizada por suas paixões e prazeres, sendo que jamais encontrarão a ética, uma vez que vivem para satisfazerem os seus próprios desejos. Como poderemos caminhar com a ética numa sociedade onde impera a avareza, a corrupção, a ganância, o sexo, o poder, a prostituição e a criminalidade.
Diante de tudo isso eu posso afirmar-lhes Que assertivamente as paixões podem sim impedir os seres humanos de caminharem em conformidade com a ética. Para que isso não acontecesse seria necessário uma conscientização, uma mudança de mente, uma transformação, algo sobre humano, mas que infelizmente com a sociedade atolada nessa caverna seria praticamente impossível.
     

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 18/05/2018
Reeditado em 05/08/2018
Código do texto: T6339993
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