A IMPRESSÃO QUE A GENTE PASSA
Amigas e amigos queridos, que trabalharam muitos anos comigo, quando eu era Presidente da Banrisul Financeira ou, depois, como Advogado do Banrisul, hoje me dão a honra de curtir meus textos e se surpreendem, pois não me imaginavam com tais ou quais aptidões. Anos de convívio, repito, mesmo que não com tanta proximidade. E eu não mudei, escrevi sempre da mesma forma e até, em certas ocasiões, fui relativamente divulgado, elaborando artigos e crônicas para praticamente todos os grandes jornais do Estado e lançando livros na FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE, comentados pela mídia, ainda que sem grande alarde ou sucesso de mercado. Mas o fato é que só hoje, através do FACEBOOK, esses amigos passaram a me conhecer melhor e a apreciar devidamente o que escrevo, segundo suas próprias palavras, não é coisa da minha cabeça. Então, fico necessariamente a matutar sobre a imagem que a gente passa no decurso da vida e o alcance do que se consegue realizar. Como é possível que pessoas mais próximas não nos conheçam de verdade? É razoável que o exercício de certos cargos e funções imponha uma imagem padrão e só os mais íntimos consigam enxergar além, tal como genuinamente somos. Seria uma tese a investigar. Pode-se avançar bem mais e dizer que poucos, muito poucos, nos conhecem nesta trajetória e que, no geral, ficamos, todos, de algum modo enquadrados, isto é, dentro de certos moldes clássicos, com ligeiros destaques quanto a certos aspectos. Alguns remanescentes do Ginásio Anchieta talvez lembrem que eu já fazia poesias e que continuei a fazê-las no curso clássico do Julinho. É um longo namoro com a literatura, com seus altos e baixos, nem sempre correspondido. Tudo passa, as pessoas, o tempo, a memória, mas uma coisa é certa: eu sou essencialmente o mesmo, sem a minha saudosa franja, é claro.