LA BODEGUITA DEL MEDIO

Quando conhecemos em Havana (Rua Empedrado, Habana Vieja) a célebre LA BODEGUITA DEL MEDIO, freqüentada, por Allende, Fidel Castro, Nat King Cole, Neruda e, especialmente, por Ernest Hemingway, estávamos na companhia agradável de um casal chileno, com suas duas jovens filhas. O rum cubano é muito bom, existe até licor de rum, mas é mais fraco do que aquele rum de pirata a que estamos acostumados. Tomamos, então, alguns “mojitos”, disputando espaço com um bando de ávidos turistas e freqüentadores de todos os naipes. É um espaço bem pequeno, onde também rola um som gostoso, ao vivo e a cores. Na saída, depois de algumas rodadas, as gurias se queixaram que o “mojito” era muito suave, bem menos do que o preço. Ocorreu-me explicar: como o nome do boteco já deixava claro, tratava-se de uma “bodeguita del medio”, coisa mais forte só em boca mais radical, possivelmente só para nativos. Afinal, eles são socialistas, mas não são bobos.