A bailarina da caixinha de música
Ela é assim, uma presença pacata, de observação e reação minunciosa. De aparência simples!
Semelhante a uma caixinha de música.
Você vês! Desejas tocar, mas apresenta-se tão íntima, que tens que procurar permissão.
Um corpo repleto de significados. E, para cada um, tem sua interpretação.
É misteriosa, como toda caixinha.
Onde cada marca, cada arranho, tem uma história à conta.
A trinca que lhe mantem fechada, ainda continua intocada. Impedindo pensamentos de forçarem-a.
E aos que se escondem para ouvir sua melodia, se quer entendem a significação.
Para os que consegue o direito e vêem os movimentos da bailarina, vos parecem perfeitos.
Mas só ela sabe que naquele certo trecho haverá uma discreta travada ou a melodia tem uma desacelerada.
Ela tenta explicar que não se deve balançar, envergá-la ou segurar aqui ou acolá.
E no fim, todos os que ganharam um ingresso para a prestigiar, têm o mesmo concordar quando é para a representar, sublime é a imagem que ela te fará enxergar.