MEU ÍCONE
Sou igual a todo mundo, admiro certas pessoas, que são melhores do que eu disparadamente, em várias áreas. Que bom que elas existem e realizam ou realizaram coisas importantes. Não fico me comparando com A, B ou C, que desfrutem de suas muitas vantagens e feitos. Mas, se vocês me perguntarem, quem é o meu ícone, o meu ídolo, a pessoa que me serve de espelho e farol, vou, talvez, surpreendê-los e esclarecer que sou eu próprio, com todos os defeitos (101, lembram?). O dia em que eu próprio não me servir mais de referência, guia, orientação e exemplo e passar a seguir a trilha traçada por Fulano, Beltrano ou Sicrano, por maiores que sejam, podem me largar no “ferro velho” para o competente desmanche. Azar dos que não entenderem. Ademais, não há qualquer conflito com religião ou filosofia. Empresto a este raciocínio, quero crer, o mesmo valor que meu velho pai atribuía à frase com que se definia: “sou um homem idêntico a mim mesmo”. Não é bom e nem ruim, não é autopromocional, exemplo para a humanidade, ou atitude egocêntrica, é simplesmente postura de coerência e verdade. Aliás, nem sei se consigo tanto, mas me parece que deva ser estágio natural de desenvolvimento daqueles mais rodados nesta vida, que não precisam escalar montanhas para descobrir gurus e direções.