CURIOSIDADES

Nos seis meses em que passei na Europa em 1967, fiquei “na seca” em matéria de mulher, mas houve dois episódios marcantes sobre os quais nunca escrevi. Primeiro: em Lisboa, visitei, por recomendação, amigo espírita de meu avô, certo almirante reformado dono de uma revista espírita relativamente conhecida. Depois do jantar de sábado, fui convidado para passar o domingo na praia de Vasco da Gama, eu, o almirante, a esposa e a secretária da revista, de uns 40 e poucos anos, eu com 20. Partiria de trem para Madri no outro dia, pelas 6 horas da manhã. Pois lá na estação compareceu a secretária me levando uma caixa de bombons, muito carinhosa, e acompanhou-me até o banco de passageiros no vagão. Tive de jogar bastante na retranca, pois não estava nada interessado.

Segundo: já morava há uns três meses em Paris e, dentre tantos eventos, acabei comparecendo a uma feijoada com muita, muita caipirinha, no apartamento amplo de certo português, que lá residia: era amigo de amigo de um amigo. Sábado ao meio-dia. Cheio de gente. Tinha uma francesinha linda de 20 anos ou menos, que me empolgou. Dei a maior sorte e fiquei com ela na festa. Coisa bem rara. Estávamos sentados vis-à-vis, de mãos dadas, trocando beijinhos e, de repente, desceu o pano da cortina. Não me lembro de mais nada, só que me deixaram onde morava e não tenho a menor ideia de quem era ou do nome da menina. Como se nada tivesse acontecido ou fosse apenas um sonho. Passei muito tempo ao largo de caipirinhas. Nem a feijoada comi.