INCÔMODOS VIRTUAIS
Tenho lido alguma coisa sobre exclusão e bloqueio de amigos facebookianos, por atitudes agressivas e inadequadas, divergências político-ideológicas profundas, de teor conflitivo. Penso que cada um administra sua página como acha mais saudável para seu estilo de navegação e ninguém tem nada a ver com isto. Não me recordo de haver excluído ou bloqueado alguém nestes muitos anos de militância, salvo num ou outro caso em que, inadvertidamente, aceitei proposta de amizade de algum “fake”. Aliás, seguidamente, recebo propostas de amizade de “lindas e jovens mulheres”, geralmente estrangeiras, com mínimas informações de perfil e amizades totalmente estranhas. Sempre recuso. É estranho, inclusive pelo fato de inexistir qualquer risco de que venham para me espionar: tudo o que divulgo é público, não tenho nada a esconder. Se fosse para preservar rigorosamente a individualidade, eu nem participaria da rede. As contraditas políticas e ideológicas, ainda que eu não ostente nenhuma preferência política ou partidária, considero absolutamente normais e até saudáveis, muitas vezes. Por incrível que pareça, as intervenções mais desaforadas e invasivas que recebi foram relativas a FUTEBOL: as criaturas, ao invés de manifestarem-se nas suas próprias páginas, sentem-se no “direito” de te fustigar “em casa”, mas, afinal, nada de grave, exceto pelo texto malcriado e tolo de certa veterana metida a besta, há algum tempo. Mas podem continuar. De qualquer modo, por mais que uma ou outra intervenção seja contestatória, o nível é bom, justificando a atividade virtual. Pior seria a indiferença ou a não leitura. A droga é a proximidade eleitoral. Já aviso, em função da idade, não estou mais obrigado a votar. Pelo que tenho visto no atual panorama político, será uma delícia dormir até bem tarde, tomar uma cervejinha ao meio-dia e assistir a meus seriados, sem sair de casa. Já cometi erros demais com meus votos.