EXECUÇÃO DA VEREADORA NO RIO DE JANEIRO
Se fosse o Stédile ou Bolsonaro, eu também me indignaria. Quando não se gosta, não se dá o voto, ataca, critica, vaia. Aqui, não se trata de assassinato comum, como os milhares que lamentavelmente ocorrem no país. Pelos indicativos, é caso de EXECUÇÃO por contrariedade de interesses escusos, ao estilo mafioso. É crime contra as instituições, a liberdade e a ordem democrática. Claro que qualquer crime tem de ser severamente punido, mas este é um tipo primitivo e gravíssimo de atentado à sociedade. Querem comparar com crimes praticados à esquerda ou à direita no passado, tudo bem, é sofisma, mas não pode comprometer a indignação. É absurdo, igualmente, sugerir, nem de maneira sutil, que a infeliz vítima "cavou a própria sepultura" por suas atitudes, como se este pensamento grotesco e gélido diminuísse seu impacto deletério. Faziam assim ou assado em outros tempos...é isto? Existiria, então, "certa justificativa" ou revanche? Fico a pensar nas pobres mulheres agredidas covardemente e estupradas, que, não raro, são encaradas como provocadoras e culpadas. Como temos de evoluir!