(Imagem do Google)
A vida passa num click
Consta-se numa pequena consulta que fiz ao "Dr Google" que no Brasil a fotografia chegou primeiro ao Rio de Janeiro, Dom Pedro ll se interessou profundamente por ela , sendo o primeiro fotógrafo brasileiro com menos de 15 anos de idade. Trouxe os melhores fotógrafos da Europa, patrocinou grandes exposições, promoveu a arte fotográfica brasileira e difundiu a nova técnica por todo o Brasil. A primeira fotografia reconhecida é uma imagem reproduzida em 1826, pelo francês Joseph Nicéphone.
Outro brasileiro apaixonado pela fotografia foi Santos Dumond, comprou seu primeiro equipamento em uma de suas viagens a Paris e de volta ao Brasil, organiza seu laboratório e aos poucos vai demonstrando interesse em registrar o voo dos pássaros até conceber os primeiros princípios da aviação. Daí para chegar ao 14 Bis e ao Relógio de Pulso foi um pequeno passo. Como só havia os relógios de bolso, Santos Dumond encomendou ao joalheiro Cartier um modelo de relógio que ficasse fixo no braço com a pretensão de cronometrar o tempo de voo de seus aviões durante as várias experiências que fizera. Em março de 1904, Cartier apresentou-lhe o que é considerado o primeiro relógio de pulso do mundo, batizado de Santos, com pulseira de couro.
Voltando aos clicks: avanços tecnológicos permitem-nos testemunhar maravilhados a qualidade das fotografias, aparelhos ínfimos embora intensamente modernizados, revelam o profano e o sagrado!
Veio-me à memória de décadas passadas, o retrato de fino trato! Comprávamos o filme ora com 12, 24 e 36 fotos, colocávamos em nossas maquininhas franzininhas e levávamos a tiracolo para os casamentos, aniversários, batizados, primeira comunhão, formaturas…
Ansiosos ficávamos pelo que ele havia de nos revelar, confidenciar. Passos apressados para chegar em casa e abrirmos os envelopes , pois ali continham passagens desconhecidas até a nós mesmos! Aberto o envelope, o cenário era animadíssimo, os comentários , as risadas verdadeiras, aqui não havia espaço para "emotions" e seus pares, belos ares! Posteriormente elas iam para um álbum que vez por outra, quando as visitas chegavam as reverenciavam!
Atualmente fotografam até as idas aos banheiros, exibindo o aquecedor que há nos vasos sanitários ou solitários? Neste turbilhão de imagens, as lembranças tornam-se efêmeras, pequenas!
Tenho presenciado em alguns shows de patrimônios sagrados de nossa MPB, pessoas ali presentes fisicamente, sem a menor interação com o momento, quiçá tão esperado por elas, esquecidas que estão junto aos celulares, fotografando talvez o vazio de si mesmas!
Os charmosos monóculos coloridos por fora e uma graça por dentro eram a bola da vez! Para acessá-los , piscava-se um olho, fitava-se o outro naquele pequeno espaço e quão bela era a fotografia, pura simpatia! Os clicks modernizaram-se, expandiram-se, embora não haja sorrisos que resistam a esses monóculos, contemplados em noites de luar, sem celular!
Outro brasileiro apaixonado pela fotografia foi Santos Dumond, comprou seu primeiro equipamento em uma de suas viagens a Paris e de volta ao Brasil, organiza seu laboratório e aos poucos vai demonstrando interesse em registrar o voo dos pássaros até conceber os primeiros princípios da aviação. Daí para chegar ao 14 Bis e ao Relógio de Pulso foi um pequeno passo. Como só havia os relógios de bolso, Santos Dumond encomendou ao joalheiro Cartier um modelo de relógio que ficasse fixo no braço com a pretensão de cronometrar o tempo de voo de seus aviões durante as várias experiências que fizera. Em março de 1904, Cartier apresentou-lhe o que é considerado o primeiro relógio de pulso do mundo, batizado de Santos, com pulseira de couro.
Voltando aos clicks: avanços tecnológicos permitem-nos testemunhar maravilhados a qualidade das fotografias, aparelhos ínfimos embora intensamente modernizados, revelam o profano e o sagrado!
Veio-me à memória de décadas passadas, o retrato de fino trato! Comprávamos o filme ora com 12, 24 e 36 fotos, colocávamos em nossas maquininhas franzininhas e levávamos a tiracolo para os casamentos, aniversários, batizados, primeira comunhão, formaturas…
Ansiosos ficávamos pelo que ele havia de nos revelar, confidenciar. Passos apressados para chegar em casa e abrirmos os envelopes , pois ali continham passagens desconhecidas até a nós mesmos! Aberto o envelope, o cenário era animadíssimo, os comentários , as risadas verdadeiras, aqui não havia espaço para "emotions" e seus pares, belos ares! Posteriormente elas iam para um álbum que vez por outra, quando as visitas chegavam as reverenciavam!
Atualmente fotografam até as idas aos banheiros, exibindo o aquecedor que há nos vasos sanitários ou solitários? Neste turbilhão de imagens, as lembranças tornam-se efêmeras, pequenas!
Tenho presenciado em alguns shows de patrimônios sagrados de nossa MPB, pessoas ali presentes fisicamente, sem a menor interação com o momento, quiçá tão esperado por elas, esquecidas que estão junto aos celulares, fotografando talvez o vazio de si mesmas!
Os charmosos monóculos coloridos por fora e uma graça por dentro eram a bola da vez! Para acessá-los , piscava-se um olho, fitava-se o outro naquele pequeno espaço e quão bela era a fotografia, pura simpatia! Os clicks modernizaram-se, expandiram-se, embora não haja sorrisos que resistam a esses monóculos, contemplados em noites de luar, sem celular!
P.S.
Mineiro gosta de contar caso, não poderia deixar passar em branco este que tenho a lhes contar o qual não me esqueço! (Risos)
Janeiro de 1995, estava em Porto Seguro com a família, minha filha na época tinha um ano e sete meses e eu grávida do segundo filho que nasceria daí a três meses. Num daqueles passeios turísticos para conhecer a cidade, sol escaldante, o guia nos conduzindo, falando sobre a história de nosso país , eu meio cansada e sonolenta devido ao estado de graça em que me encontrava e eis que alertei-me quando esse guia baiano, muito simpático , nos levou próximo a um penhasco tendo como cenário o mar deslumbrante lá embaixo e nos disse:
-Este é o lugar ideal para trazer a sogra e tirar uma fotografia dela.
-Você vai ajeitando a máquina, primeiramente peça-lhe para dar um sorriso, em seguida , diga-lhe que dê uns passos para trás! Com aquele belo sotaque baiano, quem do grupo de turistas não riu? Que ninguém nos ouça, sabendo que meu filho que nasceria daí a três meses era um menino, sorri, a face ficou rosada, depois como numa aquarela, ficou todinha amarela...
Janeiro de 1995, estava em Porto Seguro com a família, minha filha na época tinha um ano e sete meses e eu grávida do segundo filho que nasceria daí a três meses. Num daqueles passeios turísticos para conhecer a cidade, sol escaldante, o guia nos conduzindo, falando sobre a história de nosso país , eu meio cansada e sonolenta devido ao estado de graça em que me encontrava e eis que alertei-me quando esse guia baiano, muito simpático , nos levou próximo a um penhasco tendo como cenário o mar deslumbrante lá embaixo e nos disse:
-Este é o lugar ideal para trazer a sogra e tirar uma fotografia dela.
-Você vai ajeitando a máquina, primeiramente peça-lhe para dar um sorriso, em seguida , diga-lhe que dê uns passos para trás! Com aquele belo sotaque baiano, quem do grupo de turistas não riu? Que ninguém nos ouça, sabendo que meu filho que nasceria daí a três meses era um menino, sorri, a face ficou rosada, depois como numa aquarela, ficou todinha amarela...
(Imagem do Google)