Amizades momentâneas
Ter amizade é uma virtude, manter essa amizade passa a ser um milagre. Hoje nas grandes cidades o individualismo parece tornar-se um mal crônico. As pessoas isolam-se como podem e como dá: Nas ruas, nos Shoppings e em suas próprias casas, escondem-se por trás de um computador ou de um celular, mesmos rodeados por outras pessoas. Dessas a sua volta, poucas são as que não se sentem sozinhas.
As rodas de amigos, com seus bate papos, já não mais existem. As reuniões familiares é parte de um passado recente.
Hoje fazer amizade é um ato simples, provocado por encontros momentâneos, superficiais, efusivos, que não deixam marcas, nem provocam aceitações profundas, como dantes.
Para se manter uma amizade, porém, requer generosidade e fidelidade a causa. A generosidade não trata tão somente de atribuir a cada indivíduo o que é seu, como dizia Spinoza a propósito da justiça, mas o de lhe oferecer o que não é seu, o que é de quem oferece e que lhe falta. A fidelidade para a pessoa humana, o esquecimento e a improvisação são fatos naturais. “A fidelidade não é um valor entre outros, uma virtude entre outras: ela é aquilo por que, para que há valores e virtudes. O espírito fiel é o próprio espírito.”
Durante a infância e principalmente na adolescência e juventude faz-se muitas amizades, grupos de amigos e amigas, juras de que essas amizades ficarão para a vida toda, o tempo todo. Ledo engano desse tempo de juventude. Poucas, por vezes nenhuma sobrarão, foram todas amizades de momentos, que se perderam nas páginas da nossa história.
Das amizades arranjadas em ambientes acadêmicos e profissionais dificilmente ficarão ou serão mantidas, mesmo que tentativas sejam feitas poucas prosperam.
A amizade é um marco tão sublime e é capaz de suplantar a virtude do amor. Nela há que estar presentes: a tolerância, polidez, prudência, humildade, simplicidade, humor e quem mais se não o próprio amor. A amizade é essa miscelânea que nem todo indivíduo consegue aglutiná-la em si e aos outros. Por assim ser, torna-se difícil ter amigos.
Certo é, amizade entre pessoas é muito complicado. Quando essa complexidade, mistura-se a interesses e facilidades, requeridas por um indivíduo ou grupo de indivíduos, as premissas bases do ato da amizade, não se sustentarão. Assim o elo será quebrado e será desfeito o vínculo de interação comum, estimulando nesses, propensões ao individualismo. Sem interação a amizade não se estabelece, não germina e não dá frutos, nem antes, nem agora e nem depois.
Rio, 11/03/2018
Feitosa dos Santos
Ter amizade é uma virtude, manter essa amizade passa a ser um milagre. Hoje nas grandes cidades o individualismo parece tornar-se um mal crônico. As pessoas isolam-se como podem e como dá: Nas ruas, nos Shoppings e em suas próprias casas, escondem-se por trás de um computador ou de um celular, mesmos rodeados por outras pessoas. Dessas a sua volta, poucas são as que não se sentem sozinhas.
As rodas de amigos, com seus bate papos, já não mais existem. As reuniões familiares é parte de um passado recente.
Hoje fazer amizade é um ato simples, provocado por encontros momentâneos, superficiais, efusivos, que não deixam marcas, nem provocam aceitações profundas, como dantes.
Para se manter uma amizade, porém, requer generosidade e fidelidade a causa. A generosidade não trata tão somente de atribuir a cada indivíduo o que é seu, como dizia Spinoza a propósito da justiça, mas o de lhe oferecer o que não é seu, o que é de quem oferece e que lhe falta. A fidelidade para a pessoa humana, o esquecimento e a improvisação são fatos naturais. “A fidelidade não é um valor entre outros, uma virtude entre outras: ela é aquilo por que, para que há valores e virtudes. O espírito fiel é o próprio espírito.”
Durante a infância e principalmente na adolescência e juventude faz-se muitas amizades, grupos de amigos e amigas, juras de que essas amizades ficarão para a vida toda, o tempo todo. Ledo engano desse tempo de juventude. Poucas, por vezes nenhuma sobrarão, foram todas amizades de momentos, que se perderam nas páginas da nossa história.
Das amizades arranjadas em ambientes acadêmicos e profissionais dificilmente ficarão ou serão mantidas, mesmo que tentativas sejam feitas poucas prosperam.
A amizade é um marco tão sublime e é capaz de suplantar a virtude do amor. Nela há que estar presentes: a tolerância, polidez, prudência, humildade, simplicidade, humor e quem mais se não o próprio amor. A amizade é essa miscelânea que nem todo indivíduo consegue aglutiná-la em si e aos outros. Por assim ser, torna-se difícil ter amigos.
Certo é, amizade entre pessoas é muito complicado. Quando essa complexidade, mistura-se a interesses e facilidades, requeridas por um indivíduo ou grupo de indivíduos, as premissas bases do ato da amizade, não se sustentarão. Assim o elo será quebrado e será desfeito o vínculo de interação comum, estimulando nesses, propensões ao individualismo. Sem interação a amizade não se estabelece, não germina e não dá frutos, nem antes, nem agora e nem depois.
Rio, 11/03/2018
Feitosa dos Santos