REAÇÕES DE TURISTAS
Honestamente, eu questiono quem fez turismo a tal ou qual país e achou que não foi bem tratado e apresenta uma pauta de queixas. Já visitei muitos países e cidades, alguns várias vezes, e não consigo pinçar este tipo de insatisfação. É claro que sempre é possível dizer que não se viveria aqui ou acolá e há sempre preferências e afinidades. Isto é outra coisa. Quando se viaja e se invade outra cultura, não dá para achar que as coisas vão se adaptar ao nosso jeito de ser e que os outros são obrigados a nos entender, ajudar e agradar sempre. Na França, por exemplo, onde me adapto bem e invariavelmente tive boa acolhida, numa visita a REIMS, em 2012, fomos almoçar. Restaurante praticamente vazio, dia comum da semana, eu, a mulher e o amigo Gérard. Queríamos uma mesa em que havia quatro ou cinco cadeiras, não lembro bem. A recepcionista não permitiu, pois tínhamos de ocupar mesa para três pessoas. Ainda argumentei que não havia ninguém no restaurante, mas ela manteve a política da casa. Vou achar isto o fim do mundo? Experimenta assobiar em Paris para chamar o garçom. Não faço isto nem por estas bandas. Mal-educados existem em todas as partes e não representam uma cultura. Em 1997, Gérard visitou-nos no quarto do Hotel California, em pleno Quartier Latin, com seu cachorro galgo, que tinha mais de meio metro de altura, sem problema algum. Achei alemães, italianos, franceses, norte-americanos, dinamarqueses, belgas, suíços, ingleses, canadenses, mexicanos, espanhóis, portugueses, hispânicos em geral, acolhedores, uns mais discretos, outros mais expansivos. Danço conforme a música e, na verdade, nem quero que sejam muito à vontade comigo. Pra mim, é pão, pão, queijo, queijo e está ótimo. Vi muito brasileiro chato mundo afora, querendo fazer e acontecer. “Assim não dá, assim não pode”. Só recomendo uma coisa: estudem, se informem sobre o país que desejarem visitar, no mínimo, para saberem o terreno em que vão pisar.