11- POLÍTICA COM PIPOCA: Mamãe, não quero ser prefeito

Mamãe, não quero ser prefeito

Estou ouvindo a música de Raul Seixas, Cowboy fora da lei, de 1987. Claro que já a conhecia há bastante tempo. E cantava nas rodas de amigos. Mas, ainda não havia parado para refletir no conteúdo da letra. Principalmente as primeiras frases: “Mamãe, não quero ser prefeito. Possa ser que eu seja eleito e alguém pode querer me assassinar.”

Por curiosidade, pesquisei na internet se morreu por morte matada algum prefeito em 1987. E morreu. Sílvio de Castro Leite, de Boa Vista. Em 1986 também morreu um em Vitória-ES: Anastácio Cassaro. E, se formos analisar as estatísticas de políticos mortos no estado do Pará... Em Magé, no Rio de janeiro 9 políticos foram assassinados de 1997 para cá. E encontrei em uma reportagem da Carta Capital que em menos de 30 anos 72 políticos foram assassinados no país.

Aqui na Paraíba não é diferente. Desde da morte do governador João Pessoa, o que não falta é a morte de políticos. Por falar na morte de João Pessoa, esse caso foi o que mais matou gente. Morreram João Dantas, assassino de João Pessoas, e o cunhado de Dantas. Ambos foram suicidados em Recife. Morreu João Suassuna, pai do escritor Ariano Suassuna e primo do próprio João Pessoa. Ligaram ele à morte do então governador. Morreu Anaide Beiris, também supostamente suicidada. Ela tinha um relacionamento com Dantas.

Como se diz que a história se repete... Em 1993 o governador Ronaldo Cunha Lima tentou matar o ex-governador Tarcísio Buriti em 1993. Buriti andou fazendo críticas ao filho de Ronaldo,o hoje senador Cassio Cunha Lima. Buriti (sua esposa falou que o marido foi morrendo a partir daqueles tiros) morreu em 2003 e Ronaldo em 2012 (livre e sem chegar a ser julgado por suas ações, mesmo 29 anos depois).

Com esse resumo, faço igual a Raul: “Mamãe, não quero ser prefeito...”

George Itaporanga
Enviado por George Itaporanga em 26/02/2018
Reeditado em 06/12/2022
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