10- POLÍTICA COM PIPOCA: Rio sob intervenção... (DANGER:Texto longo...)

E o Temer decreta intervenção federal no Rio de Janeiro. Pronto. Agora vai! Vai? Mas o Exército e a Força Nacional não estão lá desde o ano passado? E, essa já é a 13º vez que os milicos são usados...Mas, a conjuntura é diferente. É uma intervenção, uma garantia da CF88 (acho que é garantia o nome).

O Pezão, logo após o carnaval, jogou a toalha. Falou que houve erro de planejamento (como há erro de planejamento num evento que ocorre há 500 anos?), coisa e tal. Na verdade, ele assumiu sua incompetência de gestão na área de segurança (e nas outras? O MEC vai assumir as escolas e o Ministério da Saúde vai tomar conta dos hospitais???). Mas, nada diferente do que os outros chefes do executivo fizeram. Desprezaram a segurança. Só deixa me relembrar uma coisa. Uma semana antes o Pezão falou que estava tudo pronto para a chegada do carnaval. Podiam vir turistas dos quatro cantos da terra que estariam protegidos... E o prefeito? Preferiu ir à Europa a ficar e correr o risco de levar uma bala perdida.

Agora, vou explicar o porquê de não acreditar que a situação no Rio mudará, mesmo diante da intervenção. O Rio vive a situação que vemos na tv e nos jornais desde que me entendo de gente. Na verdade, vi um vídeo em que Leonel Brizola (nem sabia que Brizola foi governador do Rio) prometia soluções para a crise no Estado. E não resolveu. Para falar sério, tem até um ex-governador preso... E outro que nem sei por onde anda, mas que também foi preso. O problema do Rio é o mesmo do Brasil. É um problema estrutural. Um prédio mal construído pode demorar o tempo que for, mas ele cai igual um castelo de cartas. E os tais problemas estruturais está intrinsicamente ligados à política.

Como vamos acabar com o tráfico de armas se ele gera dinheiro que alimenta os corruptos? O mesmo se aplica ao tráfico de drogas, assaltos a banco, roubo de cargas, domínio das facções e milícias e tudo que é ilegal, mas que gere caixa para alimentar a famigerada ganância dos poderosos.

Agora, o Exército assume a segurança. E como falei no início, não tenho muitas esperanças. Será que vai mexer no jogo de poder das quadrilhas que citei acima (que tem representantes no poder formal)? O exército será capaz de romper com esse ciclo vicioso de corrupção na área da segurança pública? Os militares intervencionistas terão autonomia para cutucar o vespeiro dos milicianos e facções que votam e dão apoio as excelências?

Mas, vamos lá. Quórum para aprovar a reforma da previdência não teve. A escola de samba Tuiuiti “zombou” do presidente. E a popularidade lá em baixo (e o medo da repercussão do desfile das campeãs...). Temer quer é ficar bem na fita, afinal de contas, estamos em ano eleitoral. E, se essa intervenção der certo (que eu duvido que dê) Temer ganha passe livre novamente para o Planalto (meu Deus, tomara que eu esteja errado). Seria visto como o salvador da Pátria. E merecedor do seu voto (e quem sabe, até o Pezão é se elege também...). Quero crer que isso não é propagando política eleitoral antecipada só para ganhar votos. Vamos ver no que vai dar.

Obs: São Paulo e Minas Gerais também querem o Exército.

*Ainda falta revisão pela minha editora chefe, Aline.

George Itaporanga
Enviado por George Itaporanga em 17/02/2018
Reeditado em 06/12/2022
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