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Nordeste que amo tanto!
Segundo um conceituado e premiado jornalista por quem tenho ampla admiração, há dois Brasis, um seria habitado por seres que não pertencem à espécie humana, aqueles que ditam e interferem em nossas vidas com total descalabro, casuares travestidos de cordeiros.
Presenciei outro Brasil que nos embala em seus prantos, encantos, recantos...
A receptividade na chegada aos aeroportos nordestinos, suponho que seja inigualável, se comparada a de quaisquer povos, desde o Velho Continente à Oceania. Após calorosas boas vindas, você já se encontra no Largo do Pelourinho, deslumbrando-se com igrejas e casarões dos séculos XVll e XVlll, ao som de Olodum, divulgando a influência da Mama África na mistura de ritmos, incluindo batuques, reggae, samba, deuses africanos, havendo também a beleza dos sons latinos. Referência nacional e internacional, no que se refere à pluralidade cultural com a bênção de Caetano Veloso , brasileiro pomposo!A beleza se multiplica na Baía de todos os Santos, Farol da Barra, Elevador Lacerda, Mercado Modelo, na magia rendada das belas baianas com seus acarajés e um pedido quase inegável para decifrar os traços de sua mão, doce ilusão!Escadarias ínfimas da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim tornam-se glamourosas pela complexidade de milagres a ele atribuídos.
Orelhões graciosos em forma da fruta mais prendada, remetem a uma Aracaju bucólica, vista por cima, num belo formato de um tabuleiro de xadrez. Ruas limpas e arborizadas transportam à Orla de Atalaia, com seus imponentes coqueiros, fontes luminosas, oceanógrafos. À noite, pede passagem a Passarela do Caranguejo, com seus bares, encontros, desencontros, amores, louvores! Quadrilhas divididas com o som de sanfonas, repentistas, zabumbas, cheiro de milho cozido, amendoim torrado, forró do povo, antes mesmo do ano novo! Faz- se necessário entrar num ônibus na rodoviária com destino ao Cânion de Xingó, apoderando-se do sertão nordestino em um bate e volta, se não me engano, de 440 quilômetros, encantando-se com as crianças tão íntimas dos rios, as charmosas cidadezinhas, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora Aparecida e finalmente extasiar-se com o cenário de Canindé de São Francisco, desbravado por barcos e catamarãs nas águas límpidas do” Velho Chico,” contornado por esplendorosas falésias, ornadas com imagens de São Francisco, ao som da melodia:
“- Oh! Mestre, fazei que eu procure mais, consolar que ser consolado, amar que ser amado…”
Conhecer Olinda é subir e descer ladeiras seculares, capital brasileira da cultura, onde surgiu o primeiro movimento para a Declaração da Abolição da Escravatura.Estilo colonial, missas cantadas por monges, Blocos de Maracatu, alta gastronomia, famosos bonecos com suas caricaturas sociais e políticas, gentis à reciprocidade nas fotos , que preencherão nossas bagagens de volta. Caso estejas em dia de sorte, verás Alceu Valença, debruçado em uma das janelas das casas coloridas! De Recife será lembrada, Sua Majestade, a Praia de Boa Viagem, inspiradora daqueles de sensibilidades aguçadas e notadas!
Porto de Galinhas, recorda-me as águas cristalinas e suas belas jangadas, contempladas!
Em Maceió, sem falar na Pajuçara, na brisa leve no rosto, contrastando com o verde esmeralda desassossegado das Praias do Francês e de Guaxuma, deparei- me com uma construção em formato de bule, pintada de azul claro, portinha redondinha e flores multicores em uma janela quadradinha, um mimo de restaurante, aconchegante!
A turmalina Paraíba é uma das pedras mais raras e caras do mundo. No seu estado de origem , a preciosidade reluz na acolhida de seu povo, no azul turquesa das praias e areias alvinhas de Cabo Branco, Praia de Tambaba, onde nem toda nudez será censurada, no Ponto Central das Américas, na Praia da Ponta do Seixas, e para a alegria da criançada, as Empadinhas Barnabé, um filé! No fim do dia em João Pessoa, é possível ouvir os acordes do Bolero de Ravel, vindos do saxofone de Jurandy, ecoando notas que embalaram o mais sublime entardecer visto por mim, na Praia do Jacaré.
O sol se despede em vermelho, laranja e amarelo. Intensos aplausos de catamarãs, reverências e homenagens de todos os presentes, com a certeza de quão és deslumbrantes as terras nordestinas de Luiz Gonzaga, Dona Canô, Padim Ciço, Ariano Suassuna, Dorival Caymmi, Patativa do Assaré, Jorge Amado, Raul Seixas, Dominguinhos, Gal, Maria Bonita, Severinos, até Virgulino, vulgo Lampião e de tantos outros cabras da peste.
Natal, visitada num passado mais distante acolheria todos eles, com suas dunas exuberantes, Ponta Negra fascinante, Morro do Careca, sapeca, robustas raízes do maior cajueiro do mundo, fecundo, profundo!
Em tempos de carestia, ao Ceará, Maranhão e Piauí por enquanto somente cortesias embora sempre presentes em minhas doces fantasias!
Pedem passagem também banquetes de Caruru, vatapá, sarapatel, bolo de rolo, macaxeira, baião de dois, buchada de boi, iguarias interagindo à supremacia deste povo, quero porque quero voltar de novo!
Lugar singular, deixa os olhos a marejar nesse saudoso versejar!
(Imagem do Google)
Presenciei outro Brasil que nos embala em seus prantos, encantos, recantos...
A receptividade na chegada aos aeroportos nordestinos, suponho que seja inigualável, se comparada a de quaisquer povos, desde o Velho Continente à Oceania. Após calorosas boas vindas, você já se encontra no Largo do Pelourinho, deslumbrando-se com igrejas e casarões dos séculos XVll e XVlll, ao som de Olodum, divulgando a influência da Mama África na mistura de ritmos, incluindo batuques, reggae, samba, deuses africanos, havendo também a beleza dos sons latinos. Referência nacional e internacional, no que se refere à pluralidade cultural com a bênção de Caetano Veloso , brasileiro pomposo!A beleza se multiplica na Baía de todos os Santos, Farol da Barra, Elevador Lacerda, Mercado Modelo, na magia rendada das belas baianas com seus acarajés e um pedido quase inegável para decifrar os traços de sua mão, doce ilusão!Escadarias ínfimas da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim tornam-se glamourosas pela complexidade de milagres a ele atribuídos.
Orelhões graciosos em forma da fruta mais prendada, remetem a uma Aracaju bucólica, vista por cima, num belo formato de um tabuleiro de xadrez. Ruas limpas e arborizadas transportam à Orla de Atalaia, com seus imponentes coqueiros, fontes luminosas, oceanógrafos. À noite, pede passagem a Passarela do Caranguejo, com seus bares, encontros, desencontros, amores, louvores! Quadrilhas divididas com o som de sanfonas, repentistas, zabumbas, cheiro de milho cozido, amendoim torrado, forró do povo, antes mesmo do ano novo! Faz- se necessário entrar num ônibus na rodoviária com destino ao Cânion de Xingó, apoderando-se do sertão nordestino em um bate e volta, se não me engano, de 440 quilômetros, encantando-se com as crianças tão íntimas dos rios, as charmosas cidadezinhas, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora Aparecida e finalmente extasiar-se com o cenário de Canindé de São Francisco, desbravado por barcos e catamarãs nas águas límpidas do” Velho Chico,” contornado por esplendorosas falésias, ornadas com imagens de São Francisco, ao som da melodia:
“- Oh! Mestre, fazei que eu procure mais, consolar que ser consolado, amar que ser amado…”
Conhecer Olinda é subir e descer ladeiras seculares, capital brasileira da cultura, onde surgiu o primeiro movimento para a Declaração da Abolição da Escravatura.Estilo colonial, missas cantadas por monges, Blocos de Maracatu, alta gastronomia, famosos bonecos com suas caricaturas sociais e políticas, gentis à reciprocidade nas fotos , que preencherão nossas bagagens de volta. Caso estejas em dia de sorte, verás Alceu Valença, debruçado em uma das janelas das casas coloridas! De Recife será lembrada, Sua Majestade, a Praia de Boa Viagem, inspiradora daqueles de sensibilidades aguçadas e notadas!
Porto de Galinhas, recorda-me as águas cristalinas e suas belas jangadas, contempladas!
Em Maceió, sem falar na Pajuçara, na brisa leve no rosto, contrastando com o verde esmeralda desassossegado das Praias do Francês e de Guaxuma, deparei- me com uma construção em formato de bule, pintada de azul claro, portinha redondinha e flores multicores em uma janela quadradinha, um mimo de restaurante, aconchegante!
A turmalina Paraíba é uma das pedras mais raras e caras do mundo. No seu estado de origem , a preciosidade reluz na acolhida de seu povo, no azul turquesa das praias e areias alvinhas de Cabo Branco, Praia de Tambaba, onde nem toda nudez será censurada, no Ponto Central das Américas, na Praia da Ponta do Seixas, e para a alegria da criançada, as Empadinhas Barnabé, um filé! No fim do dia em João Pessoa, é possível ouvir os acordes do Bolero de Ravel, vindos do saxofone de Jurandy, ecoando notas que embalaram o mais sublime entardecer visto por mim, na Praia do Jacaré.
O sol se despede em vermelho, laranja e amarelo. Intensos aplausos de catamarãs, reverências e homenagens de todos os presentes, com a certeza de quão és deslumbrantes as terras nordestinas de Luiz Gonzaga, Dona Canô, Padim Ciço, Ariano Suassuna, Dorival Caymmi, Patativa do Assaré, Jorge Amado, Raul Seixas, Dominguinhos, Gal, Maria Bonita, Severinos, até Virgulino, vulgo Lampião e de tantos outros cabras da peste.
Natal, visitada num passado mais distante acolheria todos eles, com suas dunas exuberantes, Ponta Negra fascinante, Morro do Careca, sapeca, robustas raízes do maior cajueiro do mundo, fecundo, profundo!
Em tempos de carestia, ao Ceará, Maranhão e Piauí por enquanto somente cortesias embora sempre presentes em minhas doces fantasias!
Pedem passagem também banquetes de Caruru, vatapá, sarapatel, bolo de rolo, macaxeira, baião de dois, buchada de boi, iguarias interagindo à supremacia deste povo, quero porque quero voltar de novo!
Lugar singular, deixa os olhos a marejar nesse saudoso versejar!
(Imagem do Google)
P.S Homenagem às bordadeiras do Nordeste, quiçá as melhores do mundo!