(Imagem do Google)
Envie-me um escrito seu...
Envie- me um escrito seu…
Ouvi essa frase de um conhecido, grande , perspicaz e afinado Mestre das letras. Os ínfimos que tinha estavam guardados numa caixinha amarelada de papelão. Preservá-los ali seria mais honesto que expô-los , haja vista que ninguém perderia seu tempo em leituras simplórias, singelas histórias. Vez por outra vinha- me à memória:
- Envie-me um escrito seu....
Numa destas noites insones fui à caixinha amarelada, peguei sorrateiramente um desses escritos , li, reli , acrescentei um pequeno parágrafo, digitei e enviei timidamente via whatsapp. Envio tão veloz , feroz que senti uma pontinha de saudades das correspondências de outrora , sábia demora. Arrependimento de envio? Lamento? Nada a fazer a não ser esperar pelo veredito, bem dito ou bendito? Espiava o celular que naquele momento era meu cúmplice, ambos silenciosos. Meu sorriso estava tão amarelo quanto ao da caixa de outrora. Som emitido, somente o soar do relógio da sala de jantar.
Confesso que fiquei acabrunhada. Depois de alguns dias resolvi acanhadamente enviar uma crônica mais atual e para minha surpresa chegou até a mim um comentário breve e elogioso. O vento invadiu a janela e ouvi o balançar de um pequeno galho, uma andorinha prestes a iniciar um minucioso, cuidadoso e prazeroso voo, contornando alguns predadores , aprendendo com a destreza da águia, a paciência de um João de Barro e eis que as flores da poesia já estavam enfeitando o jarro!
Enviei mais escritos e os comentários chegavam breves e lisonjeiros, verdes canteiros incentivando-me a continuar, perseverar e encantar-me com a conotação deste relógio que revela em seus ponteiros o embalar da imaginação que é a poesia, ora alegria, ora melancolia. Sou eternamente grata a este Mestre , está guardado em uma caixinha perolada e por ele tenho uma grande admiração pois inconscientemente desengavetou meus medos, minha autoestima, meu lado espirituoso , raspando a pontinha do lápis de cor e aquarelando o mapa da minha vida poética, dantes tão contida!
Ponteiros ilustres não cessam e numa destas manhãs chuvosas, honrosas, publiquei minha primeira crônica neste Recanto. O primeiro comentário recebido que estará sempre guardado em minha memória foi da querida e amada poetisa Norma! Vieram tantos outros, tão amáveis e gentis os quais me instigaram a novas publicações!
Fui professora por 30 anos e as normas gramaticais eram constantes, nem sempre agradáveis. Neste espaço democrático que é o Recanto busco as normas que me convêm, algumas não quero encontrá--las nem no além…
Normas demais, regras demais tornam a vida um fardo e na idade em que me encontro já não dou tanta importância a situações que no meu entender não ofuscam o brilho que vem de dentro da alma de um poeta .Tais regras atualmente são substituídas por momentos mais produtivos como assistir a um filme na segunda feira à tarde sozinha e gostar de minha companhia, jogar conversa fora, fotografar a lua , contemplar um Flamboyant, certamente poesia amanhã...
Abro alas para você, Norma, Norminha, doce , solidária, gentil e amada poetisa , que faz de suas visitas um gesto de apreço e afeto para com todos! Seus textos são diversificados, ternos , delicados e nos conduzem ora a reflexões das situações do cotidiano, ora a versos edificantes, leves e sublimes!
Querida Norminha, deixe- me sempre ver teus escritos, sem ritos, e quão bonitos...
Numa destas noites insones fui à caixinha amarelada, peguei sorrateiramente um desses escritos , li, reli , acrescentei um pequeno parágrafo, digitei e enviei timidamente via whatsapp. Envio tão veloz , feroz que senti uma pontinha de saudades das correspondências de outrora , sábia demora. Arrependimento de envio? Lamento? Nada a fazer a não ser esperar pelo veredito, bem dito ou bendito? Espiava o celular que naquele momento era meu cúmplice, ambos silenciosos. Meu sorriso estava tão amarelo quanto ao da caixa de outrora. Som emitido, somente o soar do relógio da sala de jantar.
Confesso que fiquei acabrunhada. Depois de alguns dias resolvi acanhadamente enviar uma crônica mais atual e para minha surpresa chegou até a mim um comentário breve e elogioso. O vento invadiu a janela e ouvi o balançar de um pequeno galho, uma andorinha prestes a iniciar um minucioso, cuidadoso e prazeroso voo, contornando alguns predadores , aprendendo com a destreza da águia, a paciência de um João de Barro e eis que as flores da poesia já estavam enfeitando o jarro!
Enviei mais escritos e os comentários chegavam breves e lisonjeiros, verdes canteiros incentivando-me a continuar, perseverar e encantar-me com a conotação deste relógio que revela em seus ponteiros o embalar da imaginação que é a poesia, ora alegria, ora melancolia. Sou eternamente grata a este Mestre , está guardado em uma caixinha perolada e por ele tenho uma grande admiração pois inconscientemente desengavetou meus medos, minha autoestima, meu lado espirituoso , raspando a pontinha do lápis de cor e aquarelando o mapa da minha vida poética, dantes tão contida!
Ponteiros ilustres não cessam e numa destas manhãs chuvosas, honrosas, publiquei minha primeira crônica neste Recanto. O primeiro comentário recebido que estará sempre guardado em minha memória foi da querida e amada poetisa Norma! Vieram tantos outros, tão amáveis e gentis os quais me instigaram a novas publicações!
Fui professora por 30 anos e as normas gramaticais eram constantes, nem sempre agradáveis. Neste espaço democrático que é o Recanto busco as normas que me convêm, algumas não quero encontrá--las nem no além…
Normas demais, regras demais tornam a vida um fardo e na idade em que me encontro já não dou tanta importância a situações que no meu entender não ofuscam o brilho que vem de dentro da alma de um poeta .Tais regras atualmente são substituídas por momentos mais produtivos como assistir a um filme na segunda feira à tarde sozinha e gostar de minha companhia, jogar conversa fora, fotografar a lua , contemplar um Flamboyant, certamente poesia amanhã...
Abro alas para você, Norma, Norminha, doce , solidária, gentil e amada poetisa , que faz de suas visitas um gesto de apreço e afeto para com todos! Seus textos são diversificados, ternos , delicados e nos conduzem ora a reflexões das situações do cotidiano, ora a versos edificantes, leves e sublimes!
Querida Norminha, deixe- me sempre ver teus escritos, sem ritos, e quão bonitos...